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Em breve, o Brasil contará com uma nova padronização de tamanho para as roupas femininas. A padronização deverá ser resultado de um estudo que esta sendo desenvolvido pelo Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17) em parceria com o Senai CETIQT. Para chegar às conclusões, os pesquisadores realizaram durante 2014 medições em diversas cidades pelo Brasil.
A ideia é que a padronização possa levar em conta diferenças regionais do corpo feminino. A medição esta sendo feita com base em tecnologia que realiza o mapeamento 3D do corpo, que facilita a compilação dos resultados. A meta dos pesquisadores é que sejam avaliadas 10 mil voluntárias em todo o Brasil.
A previsão é de que a norma possa ser divulgada ainda em 2015. Segundo o relatório trimestral do Sebrae, que apresentou alguns dos resultados do estudo, a padronização deverá facilitar a compra do consumidor, melhorar o caimento, tornar o processo produtivo mais econômico, facilitar o comércio online e unificar as regras de medidas de uma confecção para outra.
Duas normas neste sentido já estão em vigor. A ABNT NBR 15800:2009, que traz referências para o vestuário bebê e infanto-juvenil, e a ABNT NBR 16060:2012, com medidas do corpo masculino, foram incorporadas por muitas indústrias, que passaram a indicar na etiqueta, além do tamanho, a estatura ou biotipo da pessoa para qual a peça foi feita.
“Esses benefícios e impactos já foram sentidos na homologação das normas de medidas do corpo infantil e do corpo masculino. A vantagem será a possibilidade do uso de uma única modelagem por uma marca A ou B. Isso acelerará o processo de modelagem e economizará mão de obra e tempo, diversificando a produção para melhor atender seu consumidor. Esperamos que a norma do feminino tenha o mesmo sucesso das normas anteriores”, afirmou Maria Adelina Pereira, em entrevista para o Sebrae Inteligência Setorial.
Formatos
Entre os formatos mais comuns do corpo da mulher brasileira selecionados pela ABNT para a definição das medidas de cada tamanho está o formato “Retângulo”, que apresenta circunferências do tórax e do quadril praticamente iguais, além de uma linha de cintura não muito marcada. Esse biótipo está presente em 65% das mulheres da região sudoeste do Brasil, de acordo com os resultados preliminares da pesquisa apresentados pelo Sebrae. Os dados sobre as demais regiões serão disponibilizados em breve.
Outro tipo de corpo mais frequente entre as brasileiras é o conhecido como “triângulo”. Este formato se aplica quando a circunferência do quadril for maior que a do tórax e a razão quadril-cintura for pequena. Entre as mulheres do sudoeste brasileiro 14,9% apresentaram este formato.
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