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Um trabalho minucioso de catalogação dos tecidos que marcam as temporadas é realizado desde 2009 por alunos e professores do curso de Moda da Universidade Estadual (UEM), no campus de Cianorte. Trata-se da Tecidoteca, projeto que tem o intuito de disponibilizar um acervo de bandeiras têxteis (tecido, malha e não tecido) para a consulta e pesquisa in loco dos acadêmicos dos cursos de Moda, Design de Produto, Engenharia Têxtil e Engenharia de Produção, por empresários do setor e pela comunidade.
De acordo com o coordenador do projeto, o engenheiro têxtil Ronaldo Salvador Vasques, a Tecidoteca foi classificada como a mais completa do Brasil. Este diferencial se deve à união dos cursos de Moda com o de Engenharia Têxtil (campus em Goioerê), que juntos são capazes de analisar o tecido na íntegra. Os testes são realizados em laboratórios químicos e de controle de qualidade, permitindo que o tecido seja rastreado por completo.
Vasques destaca que, através da pesquisa na tecidoteca, os empresários podem identificar a densidade, encolhimento, resistência, processo de lavagem, ensaio à brasão (que verifica se o tecido pode desenvolver bolinhas), a qual segmento o material é destinado (moda infantil, lingerie, camisaria masculina, etc), o lado avesso e direito, o caimento do tecido, e também o conforto tátil dos tecidos.
Dos 80 alunos do curso de Moda da UEM (Universidade Estadual de Maringá), 60 estão empregados ou fazem estágio nas indústrias e ajudam a fazer a ponte de informações entre as empresas e academia. "Muitas vezes eles estão cortando um tecido e nos ligam para tirar uma dúvida sobre o avesso ou o viés, por exemplo”, explica o professor.
O professor conta que a Tecidoteca tem ganhado notoriedade em diversas regiões do Brasil e que, rotineiramente, responde questionamentos sobre a aplicação de um determinado tecido em um modelo de roupa ou solicitações de informações sobre o modo de conservação de cada tecido.
Atualmente o projeto é realizado por quatro professores, quatro alunos e uma bibliotecária. O processo de catalogação de cada bandeira leva aproximadamente três meses. Desde 2011, quando os participantes concluíram os estudos iniciais e passaram a realizar a parte prática de catalogação, já foram analisados 30 tecidos. As peças são provenientes de doações da comunidade e o requisito básico para serem catalogadas é possuir 1,5 metro de comprimento.
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