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Pesquisa aponta que o potencial de consumo de Cianorte e região cresceu 13% em 5 anos

Anuário lançado em agosto destaca a presença marcante do trânsito de classes, o crescimento dos domicílios urbanos e o crescimento demográfico da região

clique para ampliar>clique
               para ampliarOs dados da IPC comparam números e resultados de 22 categorias de produtos na GRC entre os anos de 2008 e 2013 (Foto: Sinvest)

Nos últimos cinco anos a Grande Região de Cianorte (GRC) – que reúne 12 municípios – aumentou em 13,2% sua participação no potencial nacional de consumo. O percentual ficou acentuadamente acima da média do Estado do Paraná, que cresceu 0,17%, e da Região Sul do país, com 0,75%. No potencial de consumo do Paraná, a participação dos 12 municípios – Cianorte, Cidade Gaúcha, Guaporema, Japurá, Jussara, Indianópolis, Rondon, São Manoel do Paraná, São Tomé, Tapejara, Terra Boa e Tuneiras do Oeste – também é expressiva: cresceu 13% em termos reais, saltando de 1,3% em 2008 para 1,47% em 2013. 

Os dados são da IPC Marketing Editora e estão no Anuário A Grande Região de Cianorte – Uma Região de Riquezas e Oportunidades. A publicação foi lançada em agosto e compara números e resultados de 22 categorias de produtos na GRC entre os anos de 2008 e 2013. O objetivo do documento é nortear empreendedores interessados em investir na região com indicadores atualizados das 12 cidades avaliadas.

De acordo com Marcos Antonio Pazzini, responsável pela pesquisa, o crescimento do potencial de consumo da GRC foi motivado basicamente pela mudança na faixa de consumo que atingiu todo o país a partir de 2006, principalmente por conta do aumento do poder de compra da população, beneficiada pelo crescimento da oferta de crédito e melhoria da renda.

O que chama atenção nos municípios da Grande Cianorte, segundo ele, “é uma migração mais acelerada da classe D, de menor poder aquisitivo, para a classe C (mais heterogênea e agora subdividida em C1 e C2, de acordo com o Critério Brasil) e, desta, para a classe B, mais especificamente para a B2”.  Esse “trânsito” entre as classes é bastante visível, por exemplo, no item “Vestuário Confeccionado”, em que os maiores potenciais de consumo foram registrados nas faixas C1, com R$ 16,7 mil; e B2, com R$ 22,7 mil, nos últimos cinco anos. No mesmo período, o consumo da classe A com vestuário não passou de R$ 12 mil na região.

A migração de uma classe para outra e o acesso mais fácil a determinados bens, contudo, não significa necessariamente que os consumidores dessas faixas ficaram mais ricos. O que houve é que os bens de consumo (como televisor e automóvel, por exemplo) utilizados na definição do perfil econômico do brasileiro passaram a ter novas pontuações, de acordo com critérios de avaliação adotados pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep).  

Um dado importante, segundo Pazzini, é o crescimento dos domicílios urbanos nos municípios da GRC, que ficou em 14,79% entre 2008 e 2013. Já a quantidade de domicílios rurais foi reduzida em 12,81% em igual período. Na avaliação por classe econômica, o destaque é para o aumento de domicílios da classe B1, com 60,64%, praticamente o dobro da média de 34,86% do Paraná e quase três vezes maior que a média nacional, de 25,38%. Os domicílios da classe B2 também superaram o percentual paranaense e nacional, ficando em 55,12%. A situação se repete com a moradia da classe C1, que cresceu 32,24% na GRC, enquanto não passou de 24,5% no Estado e de 27,45% no Brasil.

Também consta nos resultados do Anuário o crescimento demográfico da Grande Região de Cianorte, que ficou em 6,90%, bem acima do índice estadual de 1,94%, nos últimos cinco anos. O destaque é para a faixa etária de 15 a 19 anos, que indica crescimento de 3,97% enquanto no Paraná caiu 0,05%. Já a população com idade acima de 50 anos foi a que menos cresceu na GRC, alcançando índice de 22,13%, contra 26,09% do Paraná e 25,35% no país.

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