Produção da indústria química nacional cresce 11,65%

Dados oficiais mostram que o Paraná concentra 9,3% das empresas do setor

A produção da indústria química nacional cresceu 11,65% no acumulado do primeiro trimestre na comparação com igual período de 2011, segundo o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). As vendas internas registraram alta de 12,69%, enquanto o Consumo Aparente Nacional (CAN), que mede a demanda interna do País, cresceu 6,9% nos três primeiros meses de 2012 sobre igual período do ano anterior.

Com relação ao índice de preços, no acumulado do 1º trimestre de 2012 houve alta de 4,59% na comparação com igual período do ano passado. A taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 84%, seis pontos porcentuais acima da registrada nos três primeiros meses de 2011.

Demanda interna - O principal motivo para esse resultado é a base deprimida de comparação. "Vale lembrar que, em fevereiro do ano passado, ocorreu um 'apagão' de energia, que atingiu o Nordeste do país e afetou significativamente a produção das empresas localizadas nessa região", afirma a Abiquim no relatório. "Algumas plantas tiveram impactos negativos na produção, que se estenderam até maio e junho do ano passado, com efeitos também na disponibilidade de produtos para vendas ao mercado interno".

Além disso, a demanda no mercado interno em 2012 está aquecida pela melhora no ambiente econômico e pelo efeito da recomposição de estoques na cadeia, em níveis bastante reduzidos no final do ano passado. Outra constatação é de que as vendas internas podem ter sido impulsionadas pela elevação do dólar em relação ao real, que encarece momentaneamente o produto importado.

Participação - Diante da atividade nacional, o Paraná concentra 916 empresas voltadas a esse setor de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego via Relação Anual de Informações Sociais (MTE/RAIS).

Juntas, as indústrias representam participação de 9,3% da atividade em todo o Brasil, concentrando pouco mais de 2,3% do Valor de Transformação Industrial (VTI) brasileiro. Para apontar o VTI, calcula-se a diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações.