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Tese da desindustrialização divide opiniões

29 de junho de 2011

A nota técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômico (Dieese) sobre a participação da indústria de transformação no PIB mostra que ela oscilou em torno de 15% nos últimos 14 anos - em 2010 foi de 15,9% e em 1997 havia ficado em 15,7%. No meio do caminho, chegou a 19,2% em 2004. Enquanto uma ala de economistas acredita que o país passa por uma desindustrialização precoce, outra defende a tese de que está havendo um movimento normal de uma economia que vem se diversificando.

A curva da indústria de transformação (base da indústria) no Brasil atingiu o ápice em 1985, quando representou 27,2% do PIB. Para o economista Antonio Corrêa de Lacerda, professor e doutor pela PUC-SP, o modelo econômico adotado para estabilizar a economia na década de 1990 levou ao encolhimento da indústria. O Brasil vive basicamente de commodities e foca suas políticas para esse tipo de exportação. E quem está sendo penalizada com isso é a indústria, que assiste a um processo de substituição da produção local por importações no consumo do país. E isso tem impacto na balança comercial e no nível de emprego.

O setor industrial também se queixa do cenário dos últimos anos e argumenta que as altas taxas de juros e o câmbio apreciado tiraram a competitividade dos produtos nacionais. Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, discorda. Não está havendo desindustrialização. O que aconteceu é que setores foram expostos à concorrência. A participação da indústria está estabilizada em um patamar razoável e é normal que isso aconteça. À medida que a economia do país fica mais sofisticada, cresce a demanda por serviços. Eles [os empresários] sempre reclamam que o câmbio está valorizado e os juros altos.

A perda de peso da indústria mostra um movimento diferente do que ocorreu em economias desenvolvidas de acordo com Airton dos Santos, técnico do Dieese. O patamar de 15% é preocupante, pois a indústria se estabilizou nesse número baixo sem antes dominar certas cadeias produtivas da indústria, como eletroeletrônicos, farmacêutica e química. Os países desenvolvidos que passaram por isso e têm uma grande participação de serviços possuem setores de ponta em suas indústrias. O Brasil, não.

Schwartsman, por sua vez, é cético em relação a uma mudança no curto prazo do cenário atual. Nós não chegamos e não vamos chegar à indústria de ponta agora. Pode colocar o câmbio a R$ 4 que isso não vai acontecer. Queremos produzir igual à Coreia do Sul sem investir que nem eles, que ficaram 20 anos investindo em educação. Essa questão da diminuição da indústria é setorial e não macroeconômica.

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