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O Sinqfar fechou o mês de maio participando do Fórum Setorial
da Indústria Química e Farmacêutica, realizado na Fiep, em Curitiba. O presidente do Sindicato, Marcelo
Melek, representou os associados na reunião que contou com a presença de líderes sindicais, empresários
do ramo e membros da Fiep, incluindo o presidente, Rodrigo da Rocha Loures.
O Fórum deu sequência ao trabalho
iniciado em 2009, quando foram levantados os principais entraves para o desenvolvimento dos mais variados setores da indústria
paranaense e como estas demandas poderiam ser enfrentadas envolvendo a Fiep, o poder público e os próprios empresários.
"Tivemos que parar para pensar e compreender melhor os nossos gargalos internamente. Na época, melhoramos nosso contato
com a Anvisa e, com o tempo, fizemos a nossa parte. Agora estamos aqui para tratar das outras duas partes, o Governo e a Fiep",
disse Melek.
Nesta edição do Fórum, as principais preocupações apresentadas pelos
participantes referem-se à falta de mão de obra qualificada, à ausência de diálogo
com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à situação precária
do Porto de Paranaguá, que estaria prejudicando a competitividade do setor. Além disso, destacou-se também
a importância de maior união entre as empresas, fortalecendo o relacionamento para o desenvolvimento.
Hoje,
a participação do Paraná na indústria química nacional é de 9,3%. O setor possui
916 estabelecimentos que empregam 22.090 pessoas no Estado, sendo que a grande maioria destas empresas concentra-se nas regiões
Norte, na região metropolitana de Curitiba e no litoral. "Nosso setor é da mais alta relevância e significação",
afirmou Melek.
Novas demandas - A questão tida como a mais importante para os participantes
é a falta de qualificação da mão de obra. O diretor de desenvolvimento e transformação
organizacional do Grupo Boticário, Henrique Adamczyk, disse que a maior preocupação da empresa a longo
prazo é a disponibilidade de pessoas altamente qualificadas. Há um ano, a empresa abriu um escritório
em São Paulo para captar mão de obra. "Estamos perdendo competitividade no Estado. Precisamos de talentos aqui
para garantir nosso crescimento", disse.
No que se refere à infraestrutura logística, Rocha Loures observou
que as preocupações com a situação Porto de Paranaguá surgiram em praticamente todas as
reuniões dos fóruns setoriais deste ano. O presidente sugeriu a formação de uma cooperativa entre
os usuários do Porto. "Se ficar só na mão do Governo, as coisas não vão acontecer", alerta.
Este horizonte, de uma participação mais ativa do setor privado neste tipo de atividade, não estaria
tão distante, uma vez que, no caso dos aeroportos, alterações nesse sentido já estão concretizadas.
Além destas questões, Marcelo Melek destacou mais uma vez a necessidade de uma aproximação
maior com a Anvisa. Segundo ele, a Agência reguladora tem procedimentos "confusos, demorados e altamente burocráticos".
A gestão anterior do órgão tinha uma interlocução melhor com o setor, agora, com a mudança
de Governo, esse diálogo precisa ser reconstruído. "Precisamos levar demandas à Anvisa, mostrar os problemas,
para que sejam perceptíveis os impactos que suas normas têm na nossa indústria", disse.