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Indústria de cosméticos disputa flora nacional

20 de maio de 2011

Cláudia Bredarioli

Além do mercado em expansão há 15 anos, grupos estrangeiros aumentam apostas no país atraídos pelos ativos naturais

Sustentabilidade e sociobiodiversidade que há pouco mais de uma década soavam como palavrões na área cosmética-até então baseada no processamento de produtos sintéticos - dão cada vez mais provas de sua capacidade de trazer lucro às companhias. Tornaram- se também um grande atrativo para as companhias estrangeiras que buscam no Brasil meios de agregar esses conceitos às suas marcas.

Além da vasta flora brasileira, investimentos em pesquisa, marketing e novas tecnologias foram centrais para que o mercado de cosmético nacional alcançasse a posição que tem hoje: é o terceiro maior do mundo, e segundo colocado em consumo masculino.

Ao todo, movimentou R$ 65 bilhões no ano passado, com perspectiva de expansão de 10% neste ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) - o que, naturalmente, também o torna disputado tanto por gigantes do ramo quanto por empreendedores e traz prestígio aos fabricantes nacionais.

O uso de ativos naturais é um dos pontos que mais chamam a atenção no mercado internacional e um dos principais itens de investimento. Victor Fernandes, diretor de ciência, tecnologia, ideias e conceitos da Natura, reforça que chegar a esse ponto exigiu longo esforço. "Há grande complexidade nesses processos, que envolvem, além da extração em si, tecnologias de planejamento, de relacionamento e a necessidade de a comunidade fornecedora ganhar escala junto com o crescimento de venda do produto." O desafio agora, segundo ele, está na expansão das cadeias. E as possibilidades vão além da Amazônia. A companhia pesquisa também em biomas como o cerrado e a caatinga.

Potencial Segundo Filipe Sabará, diretor de negócios da Beraca, fornecedora de insumos amazônicos para a indústria de cosméticos, os bons resultados são reflexo do ótimo momento do mercado. "Para 2011, a expectativa é de crescimento acima da média dos últimos anos, podendo ultrapassar 30%." Nos últimos cinco anos, a companhia investiu US$ 15 milhões em tecnologia, instalações fabris e melhorias nas práticas de extração.

Cerca de 1,5 mil pessoas estão envolvidas nos núcleos comunitários parceiros dos projetos.

"A ligação entre cosmética e sensibilidade sempre foi muito forte. É natural que essa indústria cresça mostrando preocupação com o entorno e com a sustentabilidade", diz Lígia Amorim, diretora da Nürnberg Messe Brasil, empresa organizadora das feiras FCE Pharma e FCE Cosmetique, marcadas para a próxima semana em São Paulo. Segundo a executiva, porém, será difícil o Brasil acompanhar o crescimento mundial nos próximos anos se continuar preso ao fornecimento de matéria-prima.

"A cosmetologia no país ainda carece de investimentos em inovação tecnológica de ponta para competir internacionalmente.

Neste quesito, está muito atrás de países como Estados Unidos, França e Japão, que têm nível de consumo grande como o brasileiro", diz. O Brasil investe cerca de 40% menos que outros grandes países produtores de cosméticos.

Ainda assim, o país começa a entrar na mira das aquisições de grandes empresas internacionais do segmento. Favorecidos pela crise financeira internacional, Brasil, Índia e China são as principais rotas dos investidores, em geral grandes grupos que não querem ficar fora de um mercado que cresce dois dígitos há 15 anos.

"O Brasil é um mercado prioritário. É um dos países que mais se desenvolveram nos últimos anos", diz Angel Lizárraga, diretor executivo da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC).

Dados do Instituto Data Popular revelam que as classes C,De E são maioria no que se refere ao consumo de cosméticos e perfumaria no Brasil. E,mesmo com sinais de desaceleração econômica, o potencial para os negócios mantém-se admirável.

POTENCIAL
49,2% é a previsão de crescimento, pelo Euromonitor, para o mercado de cosméticos brasileiro até 2014, com base em um faturamento de € 3,5 bilhões em 2009.

CUIDADOS PESSOAIS
R$ 65 bi foi quanto movimentou todo o mercado nacional de produtos de perfumaria, higiene pessoal e cosméticos, no ano passado, segundo dados da Abihpec.

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"A cosmetologia no país ainda carece de investimentos em inovação tecnológica de ponta para competir internacionalmente. Neste quesito, está muito atrás de Japão, França e Estados Unidos"
Lígia Amorim, diretora da Nürnberg Messe Brasil
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