SINFOR-PR

Sindicato das Indústrias de Software do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Cresce número de empregos no setor de TIC em Londrina e Região

Empresas empregam 19 mil funcionários em 10 municípios

clique para ampliarclique para ampliarPesquisa do setor de TIC foi divulgada na última edição do Cafetec (Foto: Divulgação)

A instabilidade econômica não atingiu a empregabilidade nas indústrias de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) que participam do Arranjo Produtivo Local (APL) de Software de Londrina e Região. O setor teve um aumento de três mil vagas entre 2013 e 2015 - eram 16 mil postos e, agora, as 1.181 empresas de Londrina, Apucarana, Arapongas, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Cornélio Procópio, Ibiporã, Jataizinho e Rolândia somam 19 mil funcionários.

Essas e outras informações, apresentadas no dia 9 de julho, durante o Cafetec, são resultado de uma pesquisa que traçou um ‘raio-x’ do setor. O estudo foi encomendado pelo Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) para o Sebrae/PR, com o intuito de contribuir com o desenvolvimento das empresas que fazem parte do APL de Software de Londrina e Região.

Com o objetivo de transformar o norte do Paraná em uma referência no Brasil e no mundo, as entidades relacionadas ao setor de TIC estão trabalhando em conjunto com o poder público para fortalecer ainda mais o segmento, segundo o consultor do Sebrae/PR, Fabrício Bianchi. “A pesquisa é uma ‘radiografia’ do setor que irá nos auxiliar na tomada de decisões futuras para tornar as empresas e, consequentemente, toda a região e o Paraná mais competitivo”, diz.

O levantamento mostrou que houve um aumento na prestação de serviços para as micro e pequenas empresas, que também estão apostando nas ferramentas da TIC. “Esse é um diferencial do setor, que é transversal. Isso significa que, em momentos como o que estamos vivendo, de recessão econômica, ainda há espaço para crescer. Todas as empresas, independente do porte, precisam de softwares e de outros produtos e serviços da indústria de TIC para melhorar a gestão do negócio”, explica Bianchi.

O faturamento do setor é mais uma informação que chama a atenção. De acordo com Pedro Sella, diretor de Ciência e Tecnologia do Codel, que apresentou a pesquisa, em 76% das empresas o faturamento passa de R$ 120 mil por ano, sendo que em 56% chega a R$ 360 mil e em 25% atingem uma marca entre R$ 1 milhão a R$ 2 milhões. A maior parte do faturamento vem da produção de softwares e de serviços. Além disso, o estudo apontou que 73% das empresas têm lucro operacional de até 30%.

O desafio agora é aumentar ainda mais o faturamento de olho no ‘globo’ e não apenas nas imediações de Londrina. A pesquisa constatou que 28% das indústrias dependem exclusivamente do mercado da região, grande parte atende clientes em São Paulo e Santa Catarina e apenas 13% se dedicam à exportação.

Na opinião de Pedro Sella, a internacionalização é uma forma de ampliar o mercado e o faturamento. “É um dinheiro quem vem de fora e que fica na nossa região. Por isso, precisamos prestar mais atenção nas exportações, porque os outros países estão de olho no mercado brasileiro. Além disso, interação com o agronegócio, que é um ponto forte do norte do Paraná, também pode ser mais explorada”, avalia.

Gestão

A gestão empresarial é outro aspecto que pode ser melhorado, na visão de Luis Carlos de Albuquerque Silva, presidente do APL de Software de Londrina e Região. A pesquisa detectou que 28% das empresas ainda não têm um planejamento estratégico; 50% dos empresários fizeram, mas não implementaram; e apenas 35% das empresas contam com o processo de gestão financeira totalmente executado. “Percebemos a necessidade de implantar os processos gerenciais. Temos no APL cinco empresas que já vencerem o MPE Brasil (Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, que promove o aumento da qualidade, produtividade e competitividade nos negócios), além de 35 certificações de alto nível, mas ainda precisamos avançar”, analisa.

Outro dado relevante da pesquisa é em relação à qualificação da mão de obra do setor. O levantamento demonstrou que as empresas empregam parte do faturamento no capital humano. Cerca de 80% dos colaboradores das indústrias têm curso superior e pós-graduação. “É muito importante perceber que nossas empresas estão investindo no capital humano, que é nossa maior riqueza. Se quisermos crescer, precisamos continuar trilhando esse caminho”, destaca Silva. 

Capacitar profissionais aumenta a competitividade da indústriaGovernança do setor de TIC lança vídeo da Marca Londrina Cidade Genial