Uma das atrações da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNTC) apoiadas pelo SINFOR foi o Meetup, um bate-papo informal entre industriais do setor de Tecnologia da Informação (TI) sobre empreendedorismo e start-ups. O encontro foi realizado no espaço colaborativo Contato Work, em 14 de outubro. A finalidade do Meetup é promover a troca de experiências entre os profissionais que atuam em Londrina e Região. O evento contou com as presenças de Daniel Dalarossa, empresário que atua no ramo de TI na Califórnia, nos Estados Unidos; de Maria Angélica Garcia, executiva do Aceleratec, de São Paulo; e de Guto Bellusci, vice-prefeito de Londrina.
Cada um dos participantes apresentou sua empresa e área de atuação. Maria Angélica relatou que teve o primeiro contato com as start-ups na Alemanha. Quando voltou para São Paulo, foi convidada para participar de uma aceleradora de start-ups. A aceleradora investe uma pequena quantia - chamada de survive money - e se torna sócia do negócio. De acordo com ela, a aceleradora viabiliza o acesso a produtos, serviços e profissionais que podem colaborar com o negócio por um custo menor em relação ao valor praticado no mercado. “Por isso, é importante escolher a aceleradora com cuidado”, avalia.
Outra dica da executiva da Aceleratec para os profissionais que desejam entrar no ramo das start-ups é desenvolver uma proposta viável, com potencial no mercado, antes de procurar um acelerador. A educação empreendedora é outro item importante. “Não somos preparados para empreender na faculdade. É interessante aprender a empreender antes de abrir um negócio e as aceleradoras também podem ajudar nesse sentido”, afirma.
O advogado Fernando Pires apresentou um projeto de segurança na rede, que visa informar a sociedade sobre os cuidados que devem ser tomados na internet. Ele elaborou uma cartilha com dicas sobre a segurança no cyber espaço. “É uma cartilha simples e barata, para adultos e crianças, que ensina as pessoas a não serem negligentes na rede”, diz.
O empresário Daniel Dalarossa resumiu sua trajetória de sucesso como empreendedor na área de TI. “Formamos uma empresa chamada Cyclades, em São Paulo. Por inspiração de um colega, transferimos a sede para o Vale do Silício. Abrimos 14 filiais e vendemos a empresa em 2006. Acredito que somos os primeiros brasileiros que conseguimos fundar uma empresa e vendê-la fora do país”.
Dalarossa comentou que ficou impressionado com a energia de Londrina no movimento das start-ups. Para ele, os empreendedores brasileiros vivem um momento especial. “Não existiam anjos, mentores e acesso a capital há um tempo atrás. Hoje, isso já está acontecendo. O Brasil está no caminho certo. Também temos um diferencial: o brasileiro é altamente criativo. Na minha opinião, a grande dificuldade do Brasil é a questão tributária, que é algo que desestimula e que precisa ser resolvida”, aponta.