Uma pesquisa realizada pelos Observatórios Sesi/Senai/IEL, do Sistema Fiep, e apresentada em 2015 apontou que os empresários paranaenses pensam que a eficiência energética e a implantação de energias renováveis são estratégicas para os seus negócios. No entanto, o estudo mostrou que as indústrias ainda enfrentam dificuldades para implantar ações nesta linha.
O levantamento coletou informações de 180 empresas, de grande e médio portes, dos setores moveleiro, metalúrgico e de alimentos no Paraná. Todas utilizam fortemente a energia elétrica. Na maioria dos casos, a segunda fonte de energia dentro da indústria não é de energia renovável.
Apenas no setor de alimentos a biomassa aparece como outra fonte de energia para algumas empresas. Os setores de metalurgia e móveis ainda utilizam gás natural, GLP ou óleo diesel.
As indústrias apontaram que entre as dificuldades para uma aplicação de ações de eficiência energética e energias renováveis está a falta de conhecimento de editais e linhas de crédito disponíveis para este objetivo.
A partir disto, o Sistema Fiep criou ações para ajudar no desenvolvimento da eficiência energética na indústria paranaense. Uma das medidas anunciadas, em setembro do ano passado, foi o termo de cooperação técnica entre a federação e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O objetivo é fomentar projetos de eficiência energética no setor industrial.
“Nesse processo de investir em fontes alternativas de energia, estamos atrasados em relação a outros países e até outros estados, que têm feito um trabalho muito mais forte nessa área”, afirmou o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, na ocasião. “Preocupados com o alto custo da energia atualmente, o industrial e o empresário têm sentido a necessidade de investir em fontes alternativas”, completou.
Uma das primeiras ações desta parceria foi a divulgação de uma linha de crédito do banco específica para projetos envolvendo eficiência energética e geração de energias renováveis. O programa BRDE Energia conta com repasses de BNDES e da Finep, além de uma linha no valor de R$ 60 milhões, com recursos próprios do banco regional. A linha de crédito pode ser acessada por empresas, propriedades rurais, entidades públicas e demais instituições.
Paralelamente, Observatórios Sesi/Senai/IEL seguem com a Articulação da Rota Estratégica de Energia, que discute o tema energético. Um dos grupos de trabalho aborda políticas públicas. Já está definido o calendário de reuniões para os próximos meses.
Com informações da Associação Brasileira de Energia Eólica, Agência Fiep e Smart Energy