Sindvest Maringá

Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá

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Foco nas necessidades da indústria e no associativismo serão metas de Carlos Ferraz à frente do Sindvest Maringá

No dia 31 de julho, Carlos Ferraz assume a presidência do sindicato. Nesta edição, o Boletim da Indústria traz informações sobre os principais desafios e planejamento para as ações do Sindvest Maringá previstas para os próximos anos

clique para ampliarCarlos Ferraz, presidente do Sindvest Maringá na gestão 2015-2017 (Foto: Divulgação)

Membro de uma família com longa história junto à indústria do vestuário, cuja empresa completou 51 anos neste ano, Carlos Ferraz assume no final de julho o Sindvest Maringá para a gestão entre 2015 e 2017. Ele conta que a indústra da moda da sua família iniciou operação em 1971, com uma unidade pequena que fabricava jeans e camisas. “Naquela época, quando Maringá não tinha nenhuma estrutura para atender a indústria da moda, meu pai foi um dos precursores. Em 1989 faleceu um dos nossos sócios, que era a pessoa responsável pela gestão do negócio vestuário na empresa. Neste momento me foi dada a oportunidade de assumir  o compromisso de dar sequência no ainda pequeno volume de produção que atendia nossos atacados de pronta-entrega em Maringá e Cascavel”, conta o industrial.

“Na época era recém-formado e com pouca experiência, mas com muita vontade de expandir esse ramo de atividade da empresa. Com determinação, em pouco tempo crescemos em volume e diversificamos o mix de produtos. Hoje, fabricamos um mix bastante completo de moda masculina e feminina para atender nosso mercado de pronta-entrega e temos duas marcas de estrada com vendas em praticamente todos os estados da federação e foco no público B”, narra.

A experiência adquirida nestes anos e o conhecimento sobre a importância do associativismo são os itens que Ferraz irá acrescentar ao sindicato, em trabalho conjunto com os outros diretores e profissionais que irão representar as indústrias do setor nos próximos anos.

Confira a seguir a entrevista completa com o novo presidente:

Boletim da Indústria - Como o senhor avalia os avanços desta indústria nos últimos anos? Quais são as principais conquistas e os desafios?

Carlos Ferraz - A indústria do vestuário, nos últimos anos, vem tendo grandes altos e baixos. Isso se deve principalmente a fatores externos ao nosso setor, como a variação cambial - que em alguns momentos estava bastante favorável -, as importações de produtos confeccionados principalmente nos países asiáticos e, em outros momentos, vivemos a expansão do consumo interno. No nosso caso, o mercado interno é alavancado pelo desejo da moda fast fashion, ou seja, produtos de desejo imediato, que são muito difíceis de serem importados por conta da característica da velocidade que aparecem e que somem do desejo do consumidor. Os números nos dizem que, na última metade da década passada, o setor registrou crescimentos constantes, o que nos levou a ser o quarto maior produtor mundial de vestuário, porém não conseguimos manter este posto.

Qual a sua visão das principais conquistas obtidas pelo sindicato nos últimos anos?

O Sindvest Maringá conseguiu nos últimos anos consolidar os grandes eventos que fortaleceram o nome da região como criador e lançador de moda. Temos o reconhecimento dos consumidores e lojistas de que aqui produzimos moda, de ser uma região onde encontrarão produtos de ótima qualidade com preços justos. Uma das ações do sindicato levou o nome da “Moda Maringá” para o Brasil, através do patrocínio do time de vôlei com esse nome criado pelo jogador Ricardinho, que disputou a liga nacional no ano de 2013. Os desfiles com presenças de atores “globais” também foram divulgados pela mídia de todo Brasil e fortaleceram a imagem do polo.

Quais as suas prioridades e principais metas para a gestão que inicia?

Temos uma base territorial grande e minha intenção é mapear estas indústrias e suas necessidades. Assim poderemos direcionar melhor as ações à realidade de cada microrregião. Também pretendemos ampliar a profissionalização do já efetivo Conselho de Lojistas da Pronta-entrega do polo de Maringá, fórum que vem mantendo reuniões semanais para a discussão e solução de problemas em comum. Outra meta é buscar parcerias com empresas prestadoras de serviços para nossa cadeia produtiva, na intenção de reduzir os custos fixos, isso porque cerca de 90% das indústrias do setor são micro e pequenas empresas, o que dificulta que elas tenham poder de negociação com estes fornecedores. Também vamos implantar núcleos setoriais de trabalho no formato do projeto “Empreender” do Sebrae, iniciando por três importantes pilares da cadeia produtiva local que são: núcleo das lavanderias, núcleo das estamparias e o núcleo de facções.

Qual a importância de os industriais participarem e estarem próximos ao sindicato?

Não é de hoje que estamos buscando uma maior participação do nosso associado nas ações realizadas pelo sindicato. As diretorias anteriores buscaram aproximar o empresário, porém, ainda temos muito o que fazer. Minha expectativa é de criar um momento de atendimento direto ao associado, no qual iremos disponibilizar nossa equipe, com um horário fixo semanal para receber este associado, e, individualmente, mostrar as ações do sindicato e lhe oferecer todos os serviços disponíveis. Isto para que, ao final de cada atendimento, também possamos escutar quais são os anseios dele em relação aos nossos serviços.

O que precisa mudar no comportamento do industrial e na política econômica para favorecer o desenvolvimento e competitividade do setor?

Estamos em um momento em que o empresário necessita rever toda sua cadeia, iniciando pelo produto - que precisa gerar desejo e assim fugir do indicador preço -, dando sequência pela plataforma de produção, com redução de custos, e finalizando por uma eficiente estrutura de vendas e logística. No que diz respeito à política econômica, precisamos manter viva a necessidade da aprovação de um regime tributário competitivo, simplificando a carga tributária, para nos tornarmos mais competitivos diante da realidade dos países asiáticos.

Qual é sua perspectiva de futuro para os próximos anos para o vestuário brasileiro, em especial o produzido pelas indústrias de Maringá?

Estou otimista com os próximos anos. Não quero ser leviano em dizer que estamos passando por um bom momento, mas minha esperança é que tudo o que foi construído nos últimos anos para o nosso polo tenha gerado um alicerce forte para vencermos estes momentos difíceis e em pouco tempo voltar a crescer.

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