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Diante do atual panorama pouco favorável ao setor da confecção e têxtil, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) lançou uma campanha de mobilização nacional em prol do resgate aos empregos e a favor de leis que contribuam para a competitividade do setor.
O segmento enfrenta um déficit de US$ 4,7 milhões na balança comercial e a indústria têxtil e de confecção brasileira fechou o ano de 2011 com saldo negativo de mais de 20 mil empregos, de acordo com dados revelados pela Abit. Na tentativa de reverter este quadro e sensibilizar o governo federal para o crescente número de importações desleais no setor, a associação reuniu trabalhadores, autoridades, empresários e líderes setoriais para o lançamento da campanha "Moda Brasileira: Eu uso, Eu assino". A mobilização, de cunho nacional, inaugurou o "Importômetro", painel que contabiliza o número de importações de têxteis e de confeccionados e o número de empregos que deixam de ser gerados em consequência dessas transações.
Além do "Importômetro", a Abit ainda iniciou a coleta de assinaturas para levar ao Congresso Nacional pedido de regime tributário competitivo para a confecção. O presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho, explica a objetivo do movimento. "Queremos uma forma isonômica de competição, pois em menos de uma década a entrada de vestuário vinda do exterior aumentou em 17 vezes e isso extermina a cadeia da moda, pois, no momento em que se compra um produto industrializado [importado], deixamos de gerar empregos", declarou. "Não podemos ser ingênuos de entregar nosso mercado interno aos estrangeiros", alertou Diniz Filho.
Abaixo-assinado - As informações sobre o "Importômetro" e o abaixo-assinado da mobilização estão disponíveis no endereço eletrônico http://www.abit.org.br/empregabrasil/. Entretanto, para ser apresentada à Câmara dos Deputados e tramitar como Projeto de Lei de Iniciativa Popular no Congresso, são necessárias mais de 1 milhão de assinaturas. Dessa forma, o Sindvest, que apoia a iniciativa da Abit, está colaborando na divulgação do manifesto e conscientizando sobre a importância da adesão de todos os empresários. "Pedimos para todos os empresários e funcionários que trabalham no setor, além de seus familiares e amigos, que assinem esse manifesto e ajudem a reverter esse preocupante quadro. Assim, mostraremos aos governantes que estamos preocupados e precisamos de medidas urgentes para salvar as indústrias brasileiras e os empregos gerados por elas", afirmou Cássio Almeida, presidente do Sindvest.
Para facilitar a arrecadação de assinaturas, a entidade orienta os empresários a colocar pontos de
coleta dentro das empresas explicando aos funcionários a importância da participação de todos.
As assinaturas podem ser realizadas pela Internet ou em papel. O modelo, para assinatura em papel, também está
disponível no site ou pode ser retirado junto ao Sindvest. Após o recolhimento das assinaturas, o documento
pode ser entregue no próprio sindicato que irá encaminhá-lo à Abit.