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A Fiep e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente assinaram, juntamente com os sindicatos dos setores Minerais não Metálicos, Metalmecânico, Reparação de Veículos, Construção Civil, Alimentos de Origem Vegetal, Madeira e Móveis e Prestação de Serviços, o segundo Termo de Compromisso para a execução do Plano de Logística Reversa, com aplicação a partir do início deste ano. A oficialização ocorreu em dezembro de 2014.
O processo teve início no final de 2012, quando a Fiep e os sindicatos do setor produtivo paranaense assumiram o compromisso com a Sema para atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Segundo o presidente do Sindusmadeira, Alvir Antonelli, o sindicato irá atuar junto aos seus associados. "Estamos dando um passo importante, pois estaremos através da Logística Reversa dando aos resíduos industriais uma destinação ambientalmente correta. O Sindusmadeira trabalhará juntamente com suas associadas para colocar em prática todo o plano desenvolvido para o setor de base florestal", destacou.
Antonelli afirmou que este será um trabalho no qual o principal desafio será a conscientização de todos, desde a produção ao consumidor final. "O êxito deste projeto será a responsabilidade compartilhada. Dessa forma, construiremos um futuro sustentável com menor impacto possível ao meio ambiente, deixando assim uma herança de um mundo melhor para nossos filhos e, acima de tudo, a consciência de que se é possível crescer sem destruir o que nos mantêm vivos. Acredito num futuro em que o crescimento da humanidade não gere impactos negativos por vezes irreversíveis à natureza, preservando assim a nossa própria existência”, disse.
Na opinião do presidente da Fiep, Edson Campagnolo, a assinatura dos termos demonstra a preocupação da indústria com a sustentabilidade. “Há muitos obstáculos a serem transpostos. É preciso consolidar o diálogo e a troca entre órgãos competentes e o setor industrial para, juntos, encontrarmos as melhores soluções”, comentou.
Os sindicatos serão responsáveis pela gestão da informação, monitorando e reportando à Sema as etapas e metas cumpridas. Na opinião do analista Carlos Waltrich, que participou do processo de elaboração do Plano de Logística Reversa, as indústrias compreenderam a importância da medida. “Houve uma grande conscientização das empresas, que colaboraram com os repasses de dados e mantiveram os contatos de forma direta para a elaboração do plano”, afirmou.
A Logística Reversa foi instituída no Brasil com a PNRS, criada com a lei nº 12.305/10. O objetivo é estruturar sistemas de coleta e reciclagem onde os produtos possam seguir o caminho inverso após seu consumo, podendo ser reaproveitados em novos processos produtivos. No Brasil, são geradas 240 mil toneladas de lixo ao dia. Deste total, 2% são reciclados. Ao ano, o não aproveitamento do lixo gera um desperdício de R$ 10 bilhões.
Todos os planos foram elaborados com a consultoria do Senai no Paraná, com apoio das gerências de Fomento e Desenvolvimento e de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sistema Fiep.
Com informações da Agência Fiep