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O Sindusmadeira esteve presente na quinta edição do Congresso Moveleiro, realizado em setembro, em Curitiba. Com um estande para exposição das marcas de seus associados, o sindicato procura, com isso, incentivar a participação das indústrias da região.
Segundo o secretário-executivo do Sindusmadeira, Joel Antônio dos Santos, a entidade considera importante a realização do Congresso Moveleiro. “É uma oportunidade que temos de fazer contatos com fornecedores, trocar ideias e participar das rodadas de negócios, caso haja interesse, pois são dois dias que encontramos tudo relacionado ao setor e o sindicato disponibiliza esse espaço”, afirmou.
Para Willian de Paula, da Móveis Araúna, a participação no Congresso Moveleiro foi importante, principalmente nos assuntos relativos a mercado e negócios. Preocupado com o cenário internacional, William participou das palestras sobre o assunto. “É uma boa oportunidade que temos para conhecer bem o mercado, ampliar nossas informações sobre o que desejamos”, comentou.
José Adilson Ribeiro, que atua na área comercial da Celta, esteve pelo segundo ano consecutivo no Congresso Moveleiro. Em sua opinião, eventos desta natureza promovidos pela Fiep agregam muitas informações, por meio das palestras e seminários, além das oportunidades de negociações e relacionamento com outros industriais e profissionais do setor. “Dentro da área comercial é possível obter as informações sobre o mercado e analisar tanto o ambiente externo como o interno. Ainda que tenhamos informações sobre esse quadro, que tem se recuperado, mas continua abaixo das expectativas” disse.
Para a analista de Planejamento, Programação e Controle de Produção da Celta, Caroline Ferencz, havia um especial interesse durante o congresso por segurança no trabalho, tema de uma das palestras realizadas no evento. “Temos nos adiantado em relação à NR-12, por exemplo, uniformizando o sistema, fazendo todas as alterações exigidas pelas novas regras e dentro do congresso existe a possibilidade de ampliar esse conhecimento”, disse.
Evento
O Congresso Moveleiro - Edição Nacional reuniu profissionais do setor - entre industriais, designers e estudantes - para debater o futuro deste mercado. Em dois dias de programação, os participantes acompanharam oito palestras e dois painéis, que trataram temas pertinentes à área.
Entre os palestrantes esteva o sócio-diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), Marcelo Prado, que falou sobre o mercado de móveis para os próximos anos e lembrou que o cenário econômico brasileiro nos últimos 20 anos favoreceu o crescimento da indústria moveleira no país. De acordo com ele, a produção mundial está crescendo a uma taxa média de 7% ao ano, desde 2004. O especialista ressaltou que a indústria moveleira no Brasil tem um crescimento médio de 5,4% ao ano. Para isto, houve investimento de R$ 5,1 bilhões em máquinas, instalações e treinamentos nós últimos cinco anos.
"A pedra no caminho está na queda na produção neste ano, de -8,5% em relação a 2013, por causa do 'legado' da Copa do Mundo. O desempenho pode melhorar, mas não vai recuperar totalmente. Houve uma barreira na retomada. O primeiro semestre de 2013 registrou recorde de produção porque o varejo fez muitos pedidos para a indústria porque faltou mercadoria em 2012", relembrou. "Mas o varejo não teve o desempenho esperado no ano passado e ficou com estoque alto, afetando a taxa de reposição e os pedidos para a indústria em 2014", contou.
Para o especialista, a tendência é existir a reposição destes estoques e uma retomada do crescimento no setor. No entanto, o mercado também precisa enfrentar o desaquecimento da economia brasileira. Prado enfatiza que o próximo presidente da República precisará fazer reformas para a volta da aceleração da economia, "senão, estaremos condenados a crescer pouco".
Isto afeta diretamente a indústria moveleira porque, em 2013, a maior parte das vendas de móveis no varejo (57%) veio dos clientes da classe média. "A grande pedra no caminho é o baixo crescimento que pode acabar com a mobilidade social", avaliou.