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Da parceria entre o Sinduscon Oeste, CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), Sebrae e Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) surgiu uma ótima oportunidade para os interessados em entender melhor o processo burocrático da construção e seus valores.
Uma palestra sobre “O custo da burocracia no imóvel” foi realizada em Cascavel no auditório da Amop, no dia 15 de setembro, para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, que faz parte da rotina da construção civil. O palestrante foi Nelson Gramacho, que há 13 anos presta consultoria empresarial e é especialista em estratégias de negócios e revisão do modelo de gestão e operação de empresas. O evento contou com o apoio do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Cascavel.
De acordo com um estudo publicado pela CBIC no início de 2014, está comprovado que um imóvel tem acréscimo de 12% no valor final devido à burocracia, que interfere também no tempo que um imóvel financiado pelo FGTS leva para sair do papel. Estima-se que, por exemplo, de um processo que levaria cinco anos para conclusão, pelo menos dois deles são consumidos pela etapa burocrático.
Além disso, o Brasil deixa de faturar R$ 19 bilhões por ano por conta da burocracia. Conforme dados apresentados durante a palestra, esta quantia equivale a seis meses de arrecadação do governo do estado do Paraná. É também o suficiente para a construção de 500 hospitais equipados com UTI. Segundo o palestrante, esse valor representa 12% do arrecadamento total da construção civil no Brasil. “São entraves que podem ser solucionados facilmente, dependendo apenas de vontade política”, explica.
O presidente do Sinduscon Oeste, Edson Vasconcelos, acredita que todo esse processo inibe o crescimento do país. “Essa geração que está aí, e da qual nós fazemos parte, tem a obrigação e o dever de fazer diferente, de romper barreiras, eliminar gargalos e se sobressair em eficiência”, afirma.