Impacto de obras na vizinhança é discutido em Cascavel
A importância do EIV é destacada pelo conselheiro do Sinduscon Oeste/PR
A legislação existe e, se levada a sério, garante a qualidade de vida de quem mora no meio urbano e evita
danos ao meio ambiente. É a Lei Federal n° 10.257/2001 que prevê o EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança),
uma importante ferramenta para o planejamento urbanístico de uma cidade.
Cascavel, a capital do Oeste do Paraná, tem crescido consideravelmente. A população aumenta, empresários
investem e ampliam suas empresas. Isso exige uma organização do espaço. O objetivo do EIV é exatamente
esse, ajudar a organizar esse desenvolvimento, levando em consideração aspectos como barulhos, odores, poluição
visual e ambiental que novos projetos e obras podem causar.
O tema foi discutido em um encontro entre associados, diretores e o conselheiro do Sinduscon Oeste/PR, José Luiz
Parzianello, que é engenheiro civil e ex-presidente da entidade.
De acordo com Parzianello, o poder público precisa se atentar quanto à liberação de terrenos
para indústrias dentro da cidade. Segundo ele, o ideal é que esses empreendimentos tenham uma área exclusiva
para o segmento, que seja distante do setor habitacional. “Também não adianta liberar uma empresa para
funcionar em determinado lugar, se logo depois essa mesma empresa terá que fazer as malas e deixar o local devido à
pressão de moradores do entorno”, adverte. Para evitar problemas como esse é necessário que o Estudo
de Impacto de Vizinhança seja instrumento de avaliação, mas, de acordo com o conselheiro, não
basta apenas o poder público fazer a sua parte, a iniciativa privada também deve contribuir. “É
preciso que os empresários tenham consciência sobre o impacto de seus empreendimentos”, completa.
Para Parzianello, uma cidade bem estruturada e organizada pode crescer muito e sem prejuízos. “A Avenida
Brasil, por exemplo, é cortada por um condomínio. Não se imaginava que ela chegaria até lá.
Hoje, percebe-se que vai muito além, tem condições de chegar até o Contorno Oeste”, finaliza.