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A recuperação do mercado brasileiro será lenta. Esta é a opinião consensual das construtoras, incorporadoras, fabricantes de equipamentos para a construção civil, que foram consultadas em uma sondagem realizada junto à cadeia produtiva. A expectativa é de que a recuperação comece no terceiro trimestre de 2017 e, na opinião dos entrevistados, o crescimento sustentável só será atingido em 2020.
O estudo foi coordenado pelo consultor econômico Brian Nicholson, que utilizou como base o trabalho recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), intitulado “Cenários para a indústria brasileira de materiais de construção (2016-2025)”.
Baseado na expectativa de confiança dos empresários do setor, e também nos projetos do país para tornar realidade obras de infraestrutura de que o Brasil carece, a FGV estima que o crescimento sustentável da construção civil será alcançado em 2025. A previsão mais otimista da sondagem feita por Brian Nicholson (de que a estabilidade possa ser alcançada em 2020) se deve ao fato de que alguns segmentos avaliam que o processo para destravar empreendimentos como rodovias, portos, aeroportos e ferrovias – principalmente atraindo investidores estrangeiros – possa se dar até 2018.
Para os empresários consultados por Nicholson, o ano de 2019 seria de amadurecimento dos projetos, que devem ser colocados em prática em 2020. Até lá, a cadeia produtiva da construção civil também espera que a Operação Lava Jato já tenha sido concluída, e que novas licitações dirigidas ao setor sejam realizadas.
O ajuste fiscal proposto pelo governo, que está em andamento, também pode contribuir para a recuperação do setor. O ajuste deve se estender aos governos estaduais, o que pode alavancar as obras paralisadas. Recentemente, o governo federal anunciou a reativação de 1.600 empreendimentos, entre os cinco mil que dependem exclusivamente de investimentos federais.
Estima-se ainda que existam pelo menos mais oito mil obras interrompidas no país, e que precisam da contrapartida de estados e municípios. A maioria estaria relacionada com o saneamento básico e poderiam movimentar R$ 300 bilhões.
Com informações da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração)