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A indústria da construção civil e toda a sua cadeia tiveram um 2016 bastante difícil. O segmento já se organiza para 2017, com uma boa perspectiva para a retomada dos negócios e investimentos. Uma pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR) no mês de dezembro indica que as empresas do setor têm a expectativa de manter ou ampliar os negócios no ano que vem. O levantamento foi realizado com 300 construtoras de todos os portes.
“Este ano não foi nada fácil. Temos perspectivas melhores para 2017 e esperamos a estabilidade econômica e política do País. Precisamos e dependemos disto. Sofremos muito com todas estas notícias negativas”, comenta o presidente do Sinduscon-PR, José Eugenio Gizzi.
A pesquisa mostrou que metade das empresas da construção civil pretende aumentar ou espera um crescimento em suas atividades em 2017. Para 40% dos entrevistados, o ritmo será o mesmo deste ano. Os 10% restantes esperam resultados piores. Parte deles está ligada ao segmento de obras públicas.
A expectativa é boa em função dos sinais que apareceram na economia, como a previsão de queda da inflação, redução nos juros e melhora nas condições dos financiamentos. “Estes fatores vão gerar um cenário mais interessante”, salienta Gizzi. Além disto, o setor espera o crescimento na aplicação dos recursos da poupança no financiamento de imóveis. Com a crise, este dinheiro deixou de ser utilizado nesta modalidade, o que resultou no desaquecimento do mercado imobiliário e na desaceleração da construção civil, também influenciados por um panorama de incertezas.
Gizzi enfatiza a importância de uma série de medidas governamentais, em todas as esferas, para fomentar a retomada da economia brasileira e do setor. Ele cita como exemplos as reformas trabalhista, previdenciária, política e tributária, além da limitação dos gastos públicos. “Se os governantes não produzirem mais notícias ruins, temos condições de capitanear o crescimento. Se não houver a retomada do PIB, 2017 pode ser recessivo também”, avalia o presidente do Sinduscon-PR.