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José Maria de Vasconcelos Pessanha de Paula Soares assume a presidência do SindusconNORPR para gestão 2014/2016 da instituição. A eleição ocorreu em novembro de 2013 e a posse deverá ser realizada em março deste ano. O empresário, que sucederá Mauro Carvalho Duarte Junior na presidência da entidade, concedeu entrevista ao Boletim da Indústria. Na conversa ele avalia o momento atual do setor e fala sobre suas metas e os desafios da nova gestão. Acompanhe a seguir:
Boletim da Indústria – O senhor poderia fazer uma avaliação desse momento da construção civil em Maringá?
José Maria - Na minha avaliação nós passamos no processo de um boom que acabou criando algumas referências muito fortes, então é natural que em algum momento o mercado passe a um processo de estabilidade ou pelo menos que não mantenha uma curva de crescimento tão acentuada. E isso na verdade tem muito a ver também com os cenários nacionais e internacionais, em que de alguma forma você acaba tendo este impacto aqui também.
O que a gente percebe é que Maringá também ainda tem uma pujança e um mercado que em algumas circunstâncias acaba sendo melhor neste momento do que seria em outras cidades, em outros locais. Então, na minha avaliação a gente ainda possui um espaço bom de mercado imobiliário para crescer.
Boletim da Indústria – Um cenário que pode ser classificado então como positivo?
José Maria – É positivo. Em primeiro lugar, Maringá ainda converge muitos interesses em função da sua qualidade de vida e pelos núcleos setoriais como a educação, um forte polo na área da saúde, indústria de confecções. Isso tudo atrai para a cidade uma atividade que é muito interessante. Acredito que temos, em função desse processo, uma forte demanda, uma vez que as pessoas querem e buscam morar em Maringá. Esse é um fator muito positivo para o setor.
Boletim da Indústria – E como o senhor, que assume a gestão do Sinduscon Noroeste avalia o engajamento das empresas no sindicato?
José Maria – Eu diria que esse vai ser um dos nossos desafios. Primeiramente sincronizar as ações da diretoria e o nosso papel nesse sentido. Eu diria que nós precisamos continuar, é claro, fazendo o papel que os sindicatos e as entidades fazem nas discussões dos assuntos de interesse tanto nacionais, estaduais e municipais, se inserindo nos Conselhos, nas Câmaras e nas Comissões relacionadas ao tema, para criar essa sincronia entre as demandas dos associados e as decisões dessas instâncias.
Outro objetivo que eu gostaria é trazer um pouco mais a participação e integrar ainda mais os nossos associados da região, como Umuarama, Paranavaí e Campo Mourão, nessas discussões. A gente percebe que Maringá com a sua pujança acaba ganhando espaço e acredito que uma das coisas que a gente tem que tentar resgatar é a participação dos associados de toda a base territorial.
E outro ponto extremamente positivo que pretendemos manter e avançar é a relação intersindical, entre o sindicato patronal e o laboral. Nós temos uma relação muito respeitosa, muito profícua e conseguimos ter as nossas discussões de uma forma muito clara, muito tranquila.
Boletim da Indústria – Quais outras ações estão previstas para a nova gestão?
José Maria – Nós já temos eventos que realizamos e que se tornaram referência
nacional, como é o caso do prêmio Sinduscon e um dos nossos desafios é fazer com que este prêmio
continue em evidência, ganhando um espaço cada vez maior. Esse prêmio incorpora discussões muito
fortes como segurança e qualidade de obras, meio ambiente e responsabilidade social. Talvez um dos desafios seja a
gente trazer mais algum critério que possa ampliar ainda a discussão desse prêmio.
Outro desafio
é resgatar o trabalho que a gente tinha do Núcleo de RH, uma vez que os RHs das empresas têm um papel
importantíssimo nas discussões e nos resultados das empresas, sofrem alterações constantes como
agora com o e-Social e precisamos tentar reestabelecer esse núcleo de RH como uma discussão interna e, a partir
daí, trazermos o fortalecimento para este setor nos nossos associados.
Outra coisa que buscaremos é fortalecer nossas parcerias com entidades como a Fiep, Crea, câmaras municipais, inserindo-se nessas discussões, participando e auxiliando no crescimento do setor e nas discussões da sociedade civil, atuando de forma ativa neste processo. Um objetivo também é aprofundar não só as relações institucionais, mas também as relações interpessoais, entre a nossa diretoria, a diretoria da Fiep, de outras instituições que irão se refletir no fortalecimento dessa atuação conjunta.
Boletim da Indústria – E entre os desafios para o setor, qual é o principal?
José Maria – A mão de obra para nós é um dos grandes desafios. Tanto na qualificação, como forma de ampliar o processo produtivo, quanto na inovação, uma vez que é preciso contar com mão de obra qualificada e que possa se adaptar aos modernos processos construtivos. Eu diria que mão de obra é um desafio constante.