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Até os anos 1980, os índices de produtividade brasileiros cresceram relativamente rápido em função de uma mudança estrutural da economia. A população migrou para as cidades e engrossou as filas de trabalhadores da indústria e serviços. Nos últimos anos, as indústrias brasileiras aumentaram sua produção contratando mais gente. Agora que os índices de desemprego estão em patamares historicamente baixos, há certo consenso entre especialistas, industriais e integrantes do governo de que, para a economia voltar a crescer em ritmo acelerado, é preciso aumentar a produtividade do trabalhador brasileiro.
Marcos Rambalducci, professor de economia da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), explica que quando a produtividade cai, a renda também despenca. Isto significa que o salário real da população brasileira está ligado à produtividade. “Quando a produtividade cai, o valor do produto aumenta. Se aumentar a capacidade de renda de uma família em 20%, é preciso aumentar em 20% o ganho de produtividade”, comenta.
Mas, afinal, o que é produtividade? De forma simplificada, se uma indústria produz 100 bolos em um mês e no seguinte consegue produzir 200 sem comprar novas máquinas nem contratar novos trabalhadores (ou pedir que seus funcionários façam horas extras), teve um ganho de eficiência ou de "produtividade".
E, para aumentar a produtividade, a melhor alternativa é investir em capacitação, como faz a Confeitaria Hachimitsu, em Londrina. “Podemos falar o que for, mas acabamos retornando para o simples. Para melhorar o desempenho, a melhor fórmula é o treinamento e a capacitação. A tecnologia é importante, mas o primordial é a capacitação”, diz o proprietário Nilo Kato.
Desde a inauguração, há nove anos, a Hachimitsu investe em treinamento. Hoje, com quatro lojas, a rede possui 25 funcionários que produzem quase o dobro em relação ao padrão brasileiro. “O normal seria termos 40 funcionários. Entendemos que aprendizado sem a prática é informação e o aprendizado somado a pratica é know how. Nossos colaboradores têm know how, aprendem a acertar errando. Saímos da nossa zona de conforto, fazemos mudanças constantes, somos insistentes, incansáveis e não vamos pelo caminho mais fácil. Tudo isso se traduz em resultados. Somos movidos por hábitos e, na Hachimitsu, somos habituados a inovar”, acrescenta Kato.
A expertise de Nilo Kato vem do Japão. Lá, ele trabalhou por 15 anos numa montadora automobilística. O conhecimento do modus operandi japonês foi fundamental para construir uma trajetória de sucesso. “Adaptamos a metodologia da linha de montagem à realidade da nossa empresa”, conta.