Menos desperdício e mais lucro
Dados sobre a geração de resíduos têxteis no Paraná serão apresentados no fim do primeiro semestre. Com essas informações,
serão elaboradas ações para o Plano de Logística Reversa do setor, voltadas para a criação de negócios rentáveis
O
Plano de Logística Reversa dos setores têxtil, de vestuário e couro deve apresentar, no fim do primeiro
semestre de 2014, um conjunto de dados qualitativos e quantitativos sobre a geração de resíduos, tais
como aparas têxteis. Segundo Cláudia Lacerda, analista técnica da gerência de fomento e desenvolvimento
da Fiep, em parceria com o Sebraetec já está sendo feito um levantamento de informações em indústrias
de todo o Paraná.
De acordo com pesquisas da Fiep, a depender do sistema de cada indústria, até 5% da produção
de tecido pode ser perdida durante os cortes das peças. Diante disso, o Plano de Logística Reversa também
busca sanar desperdícios. “Em 2009, foi feito uma estimativa de que, no Sudoeste do Paraná, cerca de 400
toneladas de aparas eram perdidas por ano”, informa Cláudia.
Quantificar e qualificar os resíduos
é, portanto, uma das principais ações do Plano de Logística Reversa. Com esses dados, as empresas
podem traçar planos para aproveitar esses materiais em outras atividades.
Manta verde
A Fiep desenvolve pesquisas para utilizar os resíduos têxteis na produção da “manta
verde”, material que propicia isolamento térmico e acústico, e pode ser usado na construção
civil. “Nesse momento, procuramos empresas parceiras para produzirmos esse tipo de produto”, destaca Cláudia.
A analista ressalta o empenho da Fiep para criar negócios sustentáveis e não meramente paliativos:
“Esse é o nosso grande esforço. Para além das questões ambientais, as ações
de logística reversa precisam ser rentáveis para as indústrias”.
Após a conclusão do levantamento de dados no primeiro semestre, a Fiep iniciará o processo de
elaboração de ações para o Plano de Logística Reversa do setor.