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O Paraná caiu do segundo para o quarto lugar na produção têxtil e de confecção de vestuário nos últimos anos, mesmo dominando toda a cadeia produtiva. A falta de investimento é apontada como um dos fatores para essa redução. O assunto foi debatido no 1º Fórum Norte Paranaense de Inovação no Setor do Vestuário, realizado mês passado pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana (Sivale).
O primeiro dia do encontro foi marcado por uma palestra discutindo o corredor da moda paranaense. Estiveram presentes os presidentes do Sivale, Maria Abigail Fortuna, do Sindicato do Vestuário de Maringá (Sindvest), Cássio Murilo de Almeida, e a presidente do Sindicato do Vestuário de Curitiba, Luciana Bechara.
O setor têxtil e do vestuário paranaense tem mais de 5,5 mil indústrias em atividade, que respondem por 2,5% do PIB industrial e geram cerca de 100 mil empregos. No entanto, boa parte dessa produção industrial é de marcas de outros estados. “O Paraná não faz moda. O Paraná é obreiro e tem que começar a pensar em aplicar a criatividade em desenvolvimento de moda”, apontou a presidente do Sivale, Maria Abigail Fortura.
“Para a gente conseguir ser um estado que faz moda e que tenha relevância nacional do vestuário, temos que ter mais visibilidade, mais união do setor e focar na inovação”, afirmou a presidente do Sindicato do Vestuário de Curitiba e Região, Luciana Bechara.
Além disso, a alta taxa tributária e a injeção de produtos chineses impedem outros avanços para o setor. “O nosso crescimento é perto de 1%, concorremos demais com os importados que cresceram quase 200% no período. Uma peça de roupa no país tem 40% de imposto, se trouxer uma roupa de outro país o imposto será de 20%. Fora os encargos trabalhistas que encarecem o custo de mão de obra”, disse Luciana Bechara.
“Embora representemos apenas 8% do PIB (Produto Interno Bruto), o governo tem que olhar para essa questão para que possamos concorrer internamente com produtos importados e passar a exportar, mostrar para o mundo que nossa roupa é muito boa, aproveitando toda a cadeia têxtil e de confecção que dominamos aqui”, salientou a presidente do Sindicato do Vestuário de Curitiba.