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Um
conjunto de regras mais rígidas ao varejo online vigoram desde o mês de maio. Por lei, entre outras obrigações,
as empresas devem prestar informações básicas aos consumidores, fornecendo CNPJ, endereço físico
e eletrônico, contrato de compra, além de um canal de atendimento válido para o cliente.
Entretanto,
segundo levantamento do Instituto Íbero-brasileiro de Atendimento ao Cliente (IBRC), diversas empresas estão
longe de cumprir os requisitos definidos por lei. Em um levantamento realizado em julho pelo IBRC, de 37 sites, quase metade
(46%) mostrou desempenho ruim no cumprimento das novas regras.
Presidente do Sindivest, Luciana Bechara analisa as
demandas da lei, que devem ser observadas também pelo setor de vestuário. “Essa lei foi aplicada para
coibir sites que lesavam consumidores, mas as grandes empresas já cumpriam normas. A minha empresa Be Little, por exemplo,
sempre forneceu endereço da fábrica e telefone, enquanto outras não divulgavam nada e o consumidor ficava
sem esse acesso”, conta ela.
Luciana questiona, porém, a obrigatoriedade de as empresas divulgarem o CNPJ
em seus sites. “Em um país que não oferece segurança e onde muita gente aplica fraudes usando CNPJS
de terceiros, não acho certo exigir essa divulgação. Ora, se nenhuma empresa pode obrigar um cliente
a fornecer CPF, não seria certo obrigar a empresa a mostrar CNPJ. Não faz sentido dar segurança ao consumidor
e gerar insegurança ao empresário.”
Caminho inevitável
O e-commerce
cresce em todos os setores, especialmente no do vestuário. “Pesquisas mostram que, há 3 anos, o
vestuário ficava em 16º lugar no ranking de compras online. No começo desse ano ele passou para o segundo
lugar e em 2014 deve ficar em primeiro lugar”, diz Luciana.
A presidente do Sindivest acredita que o comércio
eletrônico é uma ferramenta poderosa para diminuir o tamanho da cadeia do setor, considerada bastante longa.
“Ela começa no algodão, passa por fiação, tecelagem, tingimento, confecção,
lojista, consumidor, e tudo isso gera imposto em cascata. A maioria dos países já enxugou essa cadeia há
muito tempo, usando também o comércio eletrônico”.
Adaptar-se a essa forma de venda, porém,
não é tarefa tão simples. Um dos sócios da Rosebud, Élcio Pontarolo conta que sua empresa
precisou rever seu projeto de e-commerce. “Investimos nisso em 2009, mas não deu certo, por falta de planejamento.
O comércio eletrônico não pode ser ignorado, mas é preciso ter estrutura para lidar com uma nova
logística”, diz Pontarolo.
Em 2015, a empresa pretende retomar o seu projeto de e-commerce. Enquanto isso,
trabalha em parceria com sites de liquidação, como o Dinda.com.br.