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Abrir uma loja de roupas e acessórios tem sido a opção favorita entre novos empreendedores paranaenses.
Segundo dados da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), que soma números de empresários do órgão
e dos registros do Microempreendedor Individual (MEI), 4,9 mil destas lojas foram abertas no primeiro semestre, 27 por dia.
Esse
tipo de comércio é unanimidade nas cinco maiores cidades do Paraná. No ranking das empresas mais abertas
por município, a loja está no primeiro lugar em Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel,
que, juntas, somaram 1.648 novos empreendimentos.
Apesar desse fenômeno, a presidente do Sindivest, Luciana
Bechara, observa que o crescimento de lojas de roupa não tem aumentado significativamente a demanda da indústria
do vestuário. “Com o mecanismo do empreendedor individual, foram formalizados muitos vendedores de porta
em porta que já existiam, mas não estavam legalizados. Dessa forma, não houve uma real ampliação
de mercado para as indústrias, que continuam com uma produção estabilizada. Existe até aumento
de faturamento, mas não de produção”, afirma Luciana.
Cautela
Diante
dessa proliferação de novos lojistas de roupas, Luciana alerta para um comportamento eufórico de muitos,
que também se esquecem de fazer planejamento. “Muita gente abre loja por impulso. Muitas mulheres que engravidam
e tem filho pegam rescisão de trabalho e abrem loja, mas sem fazer plano de negócio. Então, de cada dez
lojas que abrem, oito fecham por falta de planejamento. Muitos não têm estrutura para os dois primeiros anos
de empresa. Por isso, recomendamos que as pessoas procurem o SEBRAE antes de abrir qualquer empresa, para assim analisar se
o negócio é viável.”