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Os valores do trigo voltaram a subir com força no mercado brasileiro, especialmente no Rio Grande do Sul. De acordo com Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, as cotações têm sido impulsionadas pela baixa oferta doméstica do grão e pela maior demanda por parte do setor de ração, que tem utilizado maior volume deste cereal em detrimento do milho. Apesar da alta nos preços, o Cepea prevê que haverá redução na área plantada com o cereal.
Dados divulgados em maio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) corroboram com esse cenário, apontando menor área de trigo na safra deste ano. Segundo a companhia, a área nacional com o cereal deve cair 14,13% frente à safra anterior. Apesar disso, a produção deve totalizar 5,825 milhões de toneladas, aumento de 5,3%, devido à forte alta, de 22,6%, na produtividade, estimada em 2,77 toneladas por hectare.
Paraná
Análise mensal divulgada pelo Cepea referente à abril apontou que a área semeada com trigo no Paraná poderá ser ainda menor que a estimada em março, quando já se apontava redução de 10% em relação ao ano anterior. Agora, o Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria de Estado da Agricultura, prevê queda de 14% na área, totalizando 1,16 milhão de hectares. A produção no estado deve totalizar 3,5 milhões de toneladas, 4% acima da registrada na safra anterior, o que pode estar atrelado à possível maior produtividade.
O Deral também apontou que houve atraso no plantio de trigo no estado em abril em decorrência da seca. Segundo o departamento, no entanto, essa situação pode ser recuperada com tranquilidade porque as lavouras são mecanizadas e o retorno do frio, já percebido em maio, também deve favorecer o processo nesta fase do plantio.