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Custo do trigo sobe e há previsão de redução da área plantada

De acordo com monitoramento realizado pelo Cepea/USP, produtores devem substituir áreas de trigo por milho em função das condições climáticas e de melhores preços

clique para ampliarTrigo e milho disputam área para plantio. (Foto: Reprodução)

O maior interesse de moinhos pela compra de trigo no mercado doméstico e a baixa disponibilidade do produto de boa qualidade elevaram os preços internos do cereal em fevereiro, mesmo diante das baixas externas em grande parte do mês, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP.

O órgão avalia que, apesar de as cotações domésticas estarem mais atrativas para produtores do que as que se apresentavam há um ano, ainda há incertezas sobre a área a ser cultivada na próxima safra.

Os primeiros levantamentos realizados pela instituição apontam para uma redução na área. No entanto, as estimativas oficiais ainda não foram divulgadas. Segundo o Cepea, a cautela de produtores é acentuada pelas incertezas quanto ao clima, ao seguro de custeio e aos elevados custos de produção.

Por enquanto, afirma o órgão, no Paraná, especialmente nas regiões norte e oeste, comentários sinalizam menor área de trigo e maior interesse pelo milho segunda safra, que apresenta preço alto e boa rentabilidade. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, colaboradores do Cepea também acreditam em diminuição na área de trigo devido aos problemas climáticos, ao aumento dos custos e à perda de qualidade da última safra.

Com a baixa disponibilidade interna de trigo de qualidade, moinhos devem intensificar as importações do cereal nos próximos meses. Segundo estimativas da Conab de fevereiro, a moagem industrial deve ser de 10 milhões de toneladas e a produção interna, de 5,535 milhões de toneladas (1,53 milhão de toneladas de trigo foram perdidas nesta temporada, segundo a Companhia). Com isso, as importações devem somar 5,75 milhões de toneladas e as exportações, 900 mil toneladas.

O Cepea informa que, na média de fevereiro, o mercado de lotes (negociações entre empresas) teve alta de 2,9% em São Paulo, 1,8% no Rio Grande do Sul e 0,9% no Paraná. No mercado de balcão (preço pago ao produtor), a alta foi de 1,7% no Rio Grande do Sul e de 0,3% no Paraná. Além da paralela valorização do milho, o cenário de alerta aos compradores de trigo incluiu ainda o câmbio, que encareceu as importações.

Farinha de trigo

De acordo com o Cepea, no mercado nacional de farinhas, as vendas foram limitadas a pequenos volumes na maior parte de fevereiro. Houve dificuldades nos repasses das altas de preços da matéria-prima aos derivados e compradores estiveram cautelosos na aquisição de grandes volumes.

Por outro lado, o consumo final esteve limitado em razão da queda do poder de compra do brasileiro, o que reduziu a demanda de indústrias por farinha. Porém, na última semana do mês, moinhos sinalizaram leve melhora nas vendas, acreditando na continuidade da demanda pelo derivado, já que compradores estariam com estoques reduzidos.

Com informações do Cepea/USP

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