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As cotações do trigo em grão estão firmes no mercado interno, mas a liquidez está baixa, devido à menor presença de compradores. Segundo agentes consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, as vendas de farinhas neste início de ano estiveram fracas, o que reduziu as compras de trigo em grão por parte de agentes de moinhos.
No entanto, com estoques reduzidos, a expectativa é de que estes moinhos retomem as compras do cereal em volumes mais expressivos já nos próximos dias. Do lado vendedor, enquanto parte dos triticultores está retraída, à espera de preços maiores, outros preferem negociar o grão, no intuito de liberar espaço para a entrada de produtos da safra verão, que já começam a ser colhidos em algumas regiões brasileiras.
Expectativas para o mercado externo em 2016
De acordo com dados divulgados em fevereiro pelo Cepea, a produção agropecuária brasileira deve crescer a taxas menores, segundo a Conab, assim como a demanda da China, principal parceiro comercial do setor. Por outro lado, há expectativa de bom crescimento da economia norte-americana, o que pode estimular suas compras e interromper a diminuição que tem apresentado em relação aos produtos do agronegócio brasileiro.
Os pesquisadores do Cepea acreditam que o Real deve continuar nos patamares atuais ou mesmo ter novas desvalorizações por conta dos problemas domésticos e externos. Com isso, a competitividade dos produtos brasileiros seguirá elevada, devendo estimular os embarques. Em termos de preços, no entanto, não se sabe se ainda há espaço para mais quedas, uma vez que muitos produtos tiveram reduções bastante significativas em seus preços em dólar em 2015.
Desse modo, a equipe Cepea avalia que o cenário deve se manter positivo para o setor agroexportador brasileiro em 2016, principalmente em termos de volume. O desempenho efetivo do setor, ponderam, vai depender das condições de oferta mundial, do poder aquisitivo de importantes demandantes, que devem sofrer com as intermináveis quedas do preço do petróleo, e da intensidade dos eventos climáticos adversos, que podem comprometer parte da produção agropecuária ao longo do ano.
Com informações do Cepea