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A produção paranaense de trigo em 2015 deve ficar próxima do recorde registrado no ano passado, de 3.934.113 toneladas. A estimativa é do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado de Agricultura (Seab). O resultado final - que será contabilizado pelo órgão somente quando a colheita for encerrada - sofrerá consequências da influência do clima. Até o dia 10 de setembro, o órgão registrou a colheita de 22% da produção estadual.
Os técnicos do Deral e da Seab identificaram quebras na produção em função das intensas chuvas de julho (durante o plantio e a fase reprodutiva) e das precipitações de setembro (momento da colheita), especialmente nas regiões norte e oeste do estado. “O potencial do Paraná foi estimado em quatro milhões de toneladas e já estamos trabalhando com 3,9 milhões de toneladas. Esta previsão já conta com uma quebra em parte da produção paranaense”, afirma o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.
De acordo com ele, a quebra pode ficar em torno de 2%. “As chuvas intensas de julho geraram muitas doenças, o que causou um reflexo direto na produção”, explica. O mês de agosto mais seco ajudou a manter um padrão de qualidade razoável na produção de trigo, com melhor resultado em algumas regiões do estado do que em outras. “Quanto à colheita, a chuva pode tirar o peso dos grãos ou germiná-los, afetando o resultado da safra”, alerta Godinho. Por isto, a projeção de quebra pode aumentar dependendo do saldo de precipitações em setembro.
Em 2015, o trigo está ocupando uma área menor do que a estimativa inicial do Deral, que era de 1,35 milhão de hectares no Paraná. O registro do órgão ficou em 1.336.128 hectares neste ano. “Apesar do cenário de menor área plantada e de algumas quebras, há estimativa da produção desta safra ficar bem próxima da registrada no ano passado, quando houve recorde no Paraná”, avalia Godinho.