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A marca curitibana Lafort está no mercado paranaense há mais de 50 anos, fabricando peças do vestuário a partir do tricot para sua marca própria – na qual atua no varejo e no atacado – além do desenvolvimento de peças para private label, atendendo marcas como o Nk Store, Bobô, Mixed, Animale,Daslu, entre outras.
A trajetória da empresa, fundada por Amnon Czerny, é de crescimento e inovação.
Na década de 70 a empresa contava com sete máquinas de tricô. Já em 1986, diversifica sua produção,
unindo a alfaiataria ao tricô.
Em 2004, a empresa passa a atuar também no varejo, consolidando a Lafort
como uma grife de roupas femininas. Acompanhando as mudanças nos desejos e exigências do consumidor, a empresa
lança, dez anos depois, a venda por ecommerce e, em 2015, inaugura uma loja conceito da marca no Parking Shopping Barigui,
em Curitiba.
Essa história de expansão e crescimento, exigiu não só planejamento da empresa, mas também uma enorme dedicação, tanto de seu fundador, quanto de sua filha, Irit Czerny, que passou a atuar na empresa em 1983 e hoje é Diretora Criativa da Marca.
“O industrial brasileiro é um herói e um guerreiro. Ele por si só já é um otimista, uma vez que empreende com quase nenhum incentivo, com muitas dificuldades e trabalha muito para esperar o resultado lá na frente”, comenta a diretora.
Entre os desafios enfrentados pela Lafort e pelas demais empresas do segmento, Irit cita os velhos inimigos da competitividade industrial brasileira: a alta carga tributária, os custos trabalhistas exacerbado e a conduta política nacional.
A empresária, que também é diretora do Sinditêxtil-PR, tem acompanhado de perto o movimento realizado pelo sindicato para buscar reduzir impostos como o ICMS, que tem prejudicado o desempenho das indústrias paranaenses. “O que vemos nestas reuniões com o poder público é uma disputa, onde somos considerados os inimigos. Na verdade, acredito que o poder público, que as Secretarias como a Fazenda e a Indústria e Comércio deveriam lutar por nós. O industrial quer produzir e quer contratar, gerando riquezas para o Estado. Mas, a impressão que fica é a de que estamos disputando e não colaborando”, explicou.
Outro desafio citado por Irit é desunião entre empregados e empregadores. “Com a alta carga de impostos e taxas o industrial tem um custo por empregado muito alto. Como resultado, ele tem medo de ampliar sua empresa e investir na contratação. Além disto, acabando não podendo pagar um salário maior para os empregados. Pode parecer, a princípio, que isso protege o trabalhador, mas, na verdade, acaba prejudicando”, complementa.
Apesar deste cenário, a empresária lembra que o industrial brasileiro busca se superar e manter o otimismo e fala sobre a importância de que as instituições, como o sindicato e as Federações, estejam fortalecidas. “O ideal é que pudéssemos participar mais e ter mais tempo para discutir e trocar ideias. Mas, a verdade é que o industrial está lutando sempre para manter sua empresa aberta e acaba não conseguindo ter tempo sequer de se reunir com outros industriais do setor”, lamenta.
Iniciativas
Superando todos estes desafios, a Lafort faz mais do que expandir e consolidar cada vez mais sua marca no mercado. A empresa também encontra espaço para atuar na área social, sendo parceira do projeto “Começar de Novo”, uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para recolocar presos no mercado de trabalho. A indústria, em parceria com o presídio feminino do Paraná, em Piraquara, atua nesse projeto que resultou na profissionalização de 500 detentas nos últimos três anos.
Em 2012, a indústria realizou também, sob o comando de Irit, a exposição “50 Anos de Amor ao Tricot” contribuindo com toda a história do desenvolvimento do tricot, registrando estilistas e momentos históricos que fizeram parte da história da moda no Paraná.