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Indústria de sacarias garante crescimento com inovação e diversificação de mercado

Procópio cresceu com investimentos e oferta de novos produtos ao mercado, buscando sempre atender às necessidades dos clientes

clique para ampliarIndústria Procópio, instalada em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. (Foto: Divulgação)

A Procópio Sacarias, fundada em 1968, garantiu o crescimento e a sustentabilidade a partir da diversificação de mercados e da aposta em investimentos e em inovação. A empresa, que inicialmente comercializava sacos de juta, hoje atua com diversos tipos de produtos de ráfia de Polipropileno e Polietilenos, distribuído para as mais variadas aplicações. A fábrica instalada em Campo Largo conta com 700 funcionários e a empresa detém 12% de share no mercado nacional, além de destinar boa parte de sua produção ao mercado externo, onde se posiciona de forma competitiva.

João Alberto Panceri, diretor-geral da indústria, conta que no início comprava e fabricava sacos  de juta. A partir da década de 80, com a entrada da Indústria Petroquímica no Brasil, a empresa passou então a adquirir  tecidos de ráfia de PP, imprimir e confeccionar as sacarias  de acordo com as especificações dos clientes. Já nos anos 90, acreditou na inovação e fez pesados investimentos para passar a produzir os próprios tecidos.

“Nós fizemos contínuos investimentos ao longo dos anos para aprimorar o sistema produtivo. Via a aquisição de Extrusoras e Teares passamos a produzir o próprio tecido, e projetamos nosso crescimento buscando e desenvolvendo  o mercado”, conta o diretor. Já no início dos anos 2000 a empresa instalou uma nova tecnologia, que dispensou a costura e passou a produzir sacos fechados com fusão térmica. Além das sacarias, a empresa passou ainda a produzir tecidos técnicos para diversas aplicações como cortinas avícolas, lonas de cobertura, cobertura de solos, base para carpets e  outros tecidos técnicos para diversas aplicações.

Além disto, de olho na necessidade dos clientes, a Procópio também passou a oferecer os “big bags” que são sacos de grande capacidade que podem comportar até 2.000 quilos. “Vimos o crescimento do mercado e uma das grandes aplicações é no segmento  agrobusiness”, explica Panceri. Hoje, 50% das vendas da empresa no mercado interno é direcionado ao segmento. Entre os principais clientes da empresa estão as fabricantes de adubos como a Yara Fertilizantes e Fertipar, entre vários outros.  Já o principal fornecedor é a indústria Petroquímica Braskem.

Além do território nacional, a empresa exporta também para a Bolívia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Necessidade de mudança

Apesar da visão empreendedora, João Alberto Panceri não deixa de ter uma posição crítica quanto aos rumos da economia. Para ele, é preciso que o setor econômico se movimente e que o Governo promova reformas profundas como a previdenciária, tributária e política para garantir que a economia possa crescer de forma sustentável. “Precisamos urgentemente de modernização do sistema econômico para que se possa promover um crescimento sustentável”, afirmou.

O diretor-geral também defende uma reforma trabalhista, mas não nos moldes como está colocada atualmente. “É urgente a modernização das leis trabalhistas, mas essa modernização precisa ser conduzida de forma que satisfaça minimamente as empresas e os trabalhadores.

Muitas políticas não são sustentáveis em uma economia globalizada. Precisamos atuar para garantir ganhos de produtividade e de competividade e para isso precisamos de um plano real de desenvolvimento”, defendeu.

O Executivo também comenta que as empresas devem se mobilizar e se fazer representar pelas instituições para que possam ter voz e alertar quanto aos rumos desejados. “É claro que a crise faz com que os empresários se voltem para dentro de suas fábricas, em busca do corte de custos e da sobrevivência. Mas, a médio e longo prazo a solução virá por meio da participação ativa nos órgãos de representação, nos sindicatos, federações e associações. Precisamos nos fazer representar e buscar alternativa econômicas sustentáveis.  

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