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Sindicatos de trabalhadores e sindicatos industriais dos setores têxtil e de confecções se reuniram no dia 28 de maio para buscar uma solução para evitar novas demissões nos segmentos. O encontro ocorreu na sede da Fiep, em Curitiba. Na pauta estava a busca por alternativas para reduzir o impacto da crise econômica que afeta praticamente todos os setores industriais, provocando demissões.
De acordo com a Fiep, os setores têxtil e de vestuário representam o segundo maior gerador de empregos da indústria paranaense. Segundo dados do departamento econômico da instituição, são 6,4 mil indústrias, que geram 94 mil postos de trabalho e pagam R$ 1,3 bilhão em salários por ano. Por conta da crise, as empresas já começaram a demitir e querem reverter a situação.
“Conseguimos reunir em Curitiba representantes de trabalhadores e empregadores destes setores no Paraná para construirmos juntos um pleito que beneficie os dois lados”, disse Nelson Furman, presidente do Sinditêxtil-PR. Ele contou que o estado está perdendo competitividade e citou o exemplo de empresas da Cidade Industrial de Curitiba e região metropolitana de Curitiba que foram para a Bahia em busca de um melhor ambiente fiscal e mão de obra.
Romério Moreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Curitiba e Região Metropolitana, informa que, além da migração das fábricas, diversas malharias fecharam as portas e a informalidade aumentou. “Nossa maior preocupação é manter os postos de trabalho e conter as demissões”, adverte.
Demandas
A redução de impostos e a desoneração da folha de pagamento, entre outros incentivos para garantir condições de competitividade às indústrias, são apontadas como demandas prioritárias e comuns aos dois lados. Participaram do encontro 14 sindicatos de trabalhadores de diversas regiões do Paraná, a Federação dos Trabalhadores na Indústria, sindicatos industriais dos setores e a Fiep.
“Queremos enxergar como estes setores estão sendo atingido e como podemos, juntos, ajudar a melhorar o ambiente e minimizar as perdas”, disse o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. Ele colocou a Fiep à disposição como um apoio na busca de soluções. “Queremos desencadear um movimento colaborativo”, reforçou.
A reivindicação de âmbito nacional é a desoneração da folha de pagamento, cujo aumento da alíquota para a indústria está para ser votado na Câmara como um projeto de lei. Já na pauta estadual, o principal ponto é a redução de impostos e incentivos fiscais tanto para a abertura de novas empresas quanto para evitar que as atuais migrem para outros estados. Os dois lados entendem que tais soluções ajudariam a evitar novas demissões.
“Esta é uma forte preocupação de empregadores e empregados. Todos temos nossa parcela de responsabilidade. Ou nos omitimos ou tomamos partido. Este é o momento de tomarmos partido juntos”, disse Campagnolo. Os apontamentos feitos na reunião compuseram uma carta de intenções entregue aos governos, assinada pela Fiep, sindicatos industriais e de trabalhadores.
Com informações da Agência Fiep