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No período de negociação salarial, em todo o país, sindicatos patronais se deparam com o desafio
de encontrar um denominador comum entre trabalhadores e empresas.
Com o Sinditêxtil não é diferente.
Ainda em processo de definição de data base dos meses de janeiro e maio, o sindicato lida com a baixa produtividade
do trabalhador e com elevados reajustes salariais impostos pelo governo. Em março, o aumento definido para o mínimo
regional foi 7,34% maior em relação ao salário mínimo pago anteriormente no Paraná.
“A negociação salarial é um problema complicado no país inteiro. Os trabalhadores
acham que recebem menos do que podiam e as empresas acham que pagam o suficiente”, observa o presidente do Sinditêxtil,
Nelson Furman.
“A questão é que o aumento do salário mínimo estadual já
está gerando uma inflação. Muitas empresas estão repassando esses custos para além de um
nível proporcional. Para o empresário também é difícil remunerar melhor os funcionários
por conta da atual situação desfavorável do mercado. Estamos à mercê dos importados e contamos
com uma carga tributária pesadíssima. Ainda por cima, lidamos com uma baixa produtividade do trabalhador brasileiro
e, em especial, do paranaense”, analisa Furman.
Produtividade
Segundo uma pesquisa recente da revista inglesa The Economist, a produtividade do
brasileiro equivale a um quinto do norte-americano. Isso se deve, especialmente, a um baixo nível educacional do trabalhador,
somado a precários meios de produção e de infraestrutura disponíveis a esses profissionais.
“Diante dos fatos, não existe solução mágica para as negociações salariais. Mas é preciso que todas as partes envolvidas tenham bom senso para encarar a situação real que vivemos. Nesse sentido, a Fiep nos ajuda fornecendo dados sobre o mercado e também com o Grupo de Apoio Sindical (GAS), que abre nossa mente em relação às negociações”, destaca Furman.