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A captação de recursos via Lei Rouanet para a realização de desfiles de moda tem causado polêmica.
Os três primeiros estilistas a se beneficiarem de uma aprovação do Ministério da Cultura, no dia
22 de agosto, foram Alexandre Herchcovitch (possui projeto de desfiles em Nova York e São Paulo, com captação
de R$ 2,6 milhões), Ronaldo Fraga (desfile em São Paulo, com R$ 2 milhões) e Pedro Lourenço.
A
medida gerou uma série de debates sobre a validade de se financiar a moda com dinheiro público. Após
esse episódio, porém, um outro problema entrou em discussão: a dificuldade de se captar recursos depois
da aprovação da lei.
Lourenço, por exemplo, não conseguiu captar os R$ 2,9 milhões
que previa e substituiu seu desfile, na Semana de Moda de Paris, no dia 1º de outubro, por uma ação virtual,
com recursos próprios.
Moda é cultura
Para o presidente do Sinditêxtil,
Nelson Furman, os desfiles merecem e precisam ter o apoio do Ministério da Cultura. “A Lei Rouanet deveria ser
usada há muito tempo em desfiles. Afinal, esses eventos envolvem a cultura e são de alto investimento. O problema
é que, mesmo movimentando muitos profissionais e empresas, a moda ainda tem ainda uma participação baixa
no PIB brasileiro, e talvez isso ainda não encha os olhos do governo”, afirma Furman.
Assessor da diretoria
do sindicato, Manoel Luiz Araujo também é a favor do financiamento da moda via Lei Rouanet. “Até
porque não temos outras instituições que financiam esse tipo de evento, a não ser algumas Federações
de Indústrias, como a Fiesp, Fierj, Fiemg e Fiep. Mesmo assim, elas precisam de apoio. Em nosso estado, temos o Paraná
Business Collection, financiado pela Fiep e Sebrae, e também estamos em busca de recursos que poderiam vir pela Lei
Rouanet.”