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Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de Toledo

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Sindirepas estão finalizando o Plano de LR para o setor de reparação

Documento deve ser protocolado no dia 31 de janeiro na Secretaria de Estado do Meio Ambiente; no fim de 2013, sindicatos definiram metas e ações para o cumprimento da legislação

clique para ampliar>clique para ampliarRepresentantes de Sindirepas do estado durante encontro, em Curitiba (Foto: Interact)

Sindirepas de todo o Estado estão finalizando o Plano de Logística Reversa, que deve ser protocolado no dia 31 de janeiro na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). Foram cumpridos todos os compromissos da agenda apresentada à secretaria, em agosto do ano passado, e que baseou o trabalho realizado pelo segmento. Nesse período, foram realizadas diversas reuniões e videoconferências em todos os meses. O setor de reparação é um dos mais adiantados quanto à elaboração do Plano de Logística Reversa.

O último encontro sobre o assunto foi realizado no dia 17 de dezembro, em Curitiba. Na ocasião, os representantes dos Sindirepas definiram, juntamente com a equipe do Senai (consultoria contratada para este trabalho), pontos da proposta para o Plano de Logística Reversa. Participaram do encontro representantes dos Sindirepas Paraná, Paranavaí, Maringá, Guarapuava, Bandeirantes, Francisco Beltrão, Ponta Grossa e Toledo.

Durante a reunião de dezembro, a equipe do Senai apresentou para os presidentes e executivos dos sindicatos presentes o documento que está sendo formulado conforme as exigências da Sema e com a fundamentação sobre todos os serviços desempenhados pelo setor de reparação, quais os resíduos envolvidos nas atividades, as responsabilidades do segmento e o que as empresas deverão fazer para entrar no ciclo da Logística Reversa.

No entendimento dos Sindirepas, o setor de reparação não produz qualquer produto. Por isso, a participação das empresas no segmento na Logística Reversa será baseada principalmente no envio dos resíduos gerados durante os serviços para as cadeias responsáveis pelos produtos utilizados nos veículos.

O Plano de Logística Reversa prevê o estabelecimento de metas para o cumprimento de ações determinadas no documento. Os presidentes e executivos dos Sindirepas estabeleceram metas para serem cumpridas em 2014 (imediato), 2016 (curto prazo), 2018 (médio prazo) e 2025 (longo prazo).  Foram definidas ações para educação ambiental nas empresas, gestão de resíduos sólidos, contatos com empresas receptoras de resíduos, destinação de resíduos perigosos, destino de sucata metálica, gestão de efluentes e promoção da logística reversa dentro do setor, entre outras áreas.

“Os Sindirepas estão elaborando o Plano de Logística Reversa para as empresas, pois a obrigação final é das empresas. Estamos fazendo tudo isso para proteger as empresas associadas. Com o plano, somente os associados estarão livres de penalidades, como multas e autuações”, destaca Evaldo Kosters, um dos vice-presidentes da Fiep e empresário do setor de reparação. O cumprimento das ações e metas estipuladas no Plano de Logística Reversa será fiscalizado pelo Ministério Público e outros órgãos.

O presidente do Sindirepa-PR, Wilson Bill, enfatizou a presença de oito Sindirepas na última reunião do ano sobre a Logística Reversa. Foi a oportunidade de cada sindicato apresentar as particularidades da região onde atua, gerando informações que impactaram diretamente na formulação do Plano de Logística Reversa. De acordo com Bill, a característica de prestação de serviços do setor de reparação será esclarecida junto à Sema. “Estamos fazendo a nossa parte e o que for possível solucionar, desde que isso não onere o custo das empresas. É  necessário que a Sema também faça a parte dela notificando e envolvendo as empresas produtoras, que realmente são as geradoras de resíduos na Logística Reversa”, destaca.

“O papel do Sindirepa é auxiliar as empresas a identificar e quantificar os resíduos através do PGRS e intermediar a destinação destes resíduos como o seu armazenamento para que as indústrias produtoras façam sua coleta, pois elas deverão receber de volta o seu produto (resíduo). É a mesma política do agrotóxico, com a tríplice lavagem e devolução da embalagem. Outro exemplo é o óleo onde o distribuidor tem que ser responsável pela embalagem do óleo lubrificante. Não é a oficina que deve pagar para dar o destino. A oficina não é a responsável pelo destino final. Somos um elo nesta cadeia e estamos fazendo o nosso trabalho”, complementa Bill.

Márcio Beppler, gerente executivo do Sindirepa Toledo, ressalta que todo este processo foi bem complexo. “A dificuldade de informações foi maior do que a gente imaginava. Foram inúmeras dificuldades. A gente espera que, no final, consigamos organizar melhor as nossas empresas. Na nossa região, já temos muitas empresas organizadas. Mas sabemos da carência das empresas em regiões mais de interior. Com o plano, esperamos contemplar todas as empresas com uma possível solução no que tange a questão de resíduos, principalmente os perigosos”, revela.

Para John Ralph Reis, vice-presidente do Sindirepa Ponta Grossa, a maior parte das empresas do setor já possui uma base para atender as exigências ambientais, incluindo a Logística Reversa. “Muitas oficinas, na região de Ponta Grossa, já implantaram o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). A Logística Reversa está vindo para somar”, explica.

O presidente do Sindirepa Maringá, Antonio Dalcolle, afirmou que o sindicato entendeu de imediato a importância e a necessidade de fazer a Logística Reversa. “O problema maior foi convencer os empresários sobre a necessidade disso. Para eles, o PGRS era mais do que suficiente”, comenta. Um trabalho de sensibilização foi feito junto às empresas para a adequação. Dalcolle lembrou que cada Sindirepa estava com uma linha de pensamento diferente sobre a Logística Reversa. No entanto, depois das reuniões e videoconferências, o setor foi alinhando a forma de entender sobre o que é Logística Reversa e o que a Sema exige.

O presidente do Sindirepa Paranavaí, José Donizeti Dias, também ressalta a movimentação do setor. “Esta movimentação é indispensável e tem que existir mesmo o comprometimento do nosso setor. Se a legislação existe, todos devem obedecer e vamos fazer a nossa parte”, afirma.

Para o presidente do Sindirepa Bandeirante, Tomatu Oda, as empresas devem ficar atentas e fazer a sua parte para a melhoria das condições ambientais. “Realmente acho válido porque todos devem se preocupar com tudo o que se refere ao meio ambiente”, opina.

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