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O Sindirepa Toledo encerrou as atividades do mês de maio participando do Fórum Setorial de Reparação
de Veículos, em que foram debatidos os impasses para o desenvolvimento da cadeia produtiva no Estado. O encontro
também serviu para atualizar esse segmento sobre as demandas encaminhadas durante a primeira edição
do Fórum Setorial, realizada em 2009. Naquele ano, foram levantados os principais entraves que prejudicam o desenvolvimento
e a competitividade das diversas cadeias produtivas do Paraná e de que maneira a Fiep, o poder público e as
próprias empresas, sindicatos e associações poderiam trabalhar para enfrentar estes problemas.
Durante
o fórum de 2009, a principal demanda do setor de reparação de veículos em relação
à Fiep foi a capacitação de mão de obra de forma customizada, além de cursos de gestão
e administração empresarial para os proprietários. Atualmente os problemas já são outros.
Os empresários do ramo citam a falta de números concretos e a concorrência com as empresas informais
como os principais entraves do setor. Entre as demandas está a criação de um Selo Verde para as empresas
ambientalmente corretas.
Entraves - De acordo com a Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2009, o setor de reparação de veículos
possui 4.532 estabelecimentos que empregam 17.121 pessoas em todo Paraná. Apesar de oficiais, estes dados são
inconsistentes, pois ocultam o grande número de empresas informais que atuam no Estado.
As empresas do segmento
arcam com uma pesada carga tributária para trabalhar conforme a Lei, enquanto as empresas informais conseguem eliminar
os custos inerentes à formalidade, barateando assim sua operação. "Eles prejudicam toda a cadeia, porque
o serviço não tem a mesma qualidade e o consumidor passa a nivelar o mercado por esses profissionais", observa
o economista da Fiep, Marcelo Alves.
Para mapear esta cadeia de forma mais consistente, a Fiep pretende realizar
um censo das empresas de reparação de veículos em todo Estado. "Precisamos saber quem são e onde
estão estas empresas", afirma Evaldo Kosters, vice-presidente da Fiep e empresário da área de reparação
de veículos. Segundo ele, a grande dificuldade dessa missão é seu alto custo, por tratar-se de um setor
muito numeroso, cujo mapeamento demandaria um longo e extenso trabalho de campo. A sugestão do presidente da Fiep,
Rodrigo da Rocha Loures, é que seja formado um "pool" de agentes que poderiam financiar a realização
do censo, como o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e o Sebrae.
Além
de situar os empresários e sindicatos de acordo com a realidade do setor, o censo poderá ajudá-los a
balizar as negociações trabalhistas coletivas, que não raro tomam como base as condições
existentes nas negociações com o setor automotivo. "Nossa realidade é muito diferente das montadoras",
alerta Kosters.