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O Sindirepa Ponta Grossa encerrou as atividades do mês de maio participando do Fórum Setorial de Reparação
de Veículos. No dia 30, o presidente do sindicato, Jorge Szlabi Junior, esteve em reunião com empresários
e sindicatos do setor de reparação de veículos na Federação das Indústrias do Estado
do Paraná (Fiep).
Na ocasião, foram debatidos os impasses para o desenvolvimento da cadeia produtiva
no Estado. O encontro também serviu para atualizar esse segmento sobre as demandas encaminhadas durante a primeira
edição do Fórum Setorial, realizada em 2009. Naquele ano, foram levantados os principais entraves que
prejudicam o desenvolvimento e a competitividade das diversas cadeias produtivas do Paraná e de que maneira a Fiep,
o poder público e as próprias empresas, sindicatos e associações poderiam trabalhar para enfrentar
estes problemas.
Durante o fórum de 2009, a principal demanda do setor de reparação de veículos
em relação à Fiep foi a capacitação de mão de obra de forma customizada, além
de cursos de gestão e administração empresarial para os proprietários. Atualmente os problemas
já são outros. Os empresários do ramo citam a falta de números concretos e a concorrência
com as empresas informais como os principais entraves do setor. Entre as demandas está a criação de um
Selo Verde para as empresas ambientalmente corretas.
Entraves - De acordo com a Relação
Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2009, o setor de reparação
de veículos possui 4.532 estabelecimentos que empregam 17.121 pessoas em todo Paraná. Apesar de oficiais, estes
dados são inconsistentes, pois ocultam o grande número de empresas informais que atuam no Estado.
As
empresas do segmento arcam com uma pesada carga tributária para trabalhar conforme a Lei, enquanto as empresas informais
conseguem eliminar os custos inerentes à formalidade, barateando assim sua operação. "Eles prejudicam
toda a cadeia, porque o serviço não tem a mesma qualidade e o consumidor passa a nivelar o mercado por esses
profissionais", observa o economista da Fiep, Marcelo Alves.
Para mapear esta cadeia de forma mais consistente, a
Fiep pretende realizar um censo das empresas de reparação de veículos em todo Estado. "Precisamos saber
quem são e onde estão estas empresas", afirma Evaldo Kosters, vice-presidente da Fiep e empresário da
área de reparação de veículos. Segundo ele, a grande dificuldade dessa missão é
seu alto custo, por tratar-se de um setor muito numeroso, cujo mapeamento demandaria um longo e extenso trabalho de campo.
A sugestão do presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, é que seja formado um "pool" de agentes que poderiam
financiar a realização do censo, como o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes)
e o Sebrae.
Além de situar os empresários e sindicatos de acordo com a realidade do setor, o censo poderá
ajudá-los a balizar as negociações trabalhistas coletivas, que não raro tomam como base as condições
existentes nas negociações com o setor automotivo. "Nossa realidade é muito diferente das montadoras",
alerta Kosters.