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Após várias reuniões entre os sindicatos das empresas de reparação e metalurgia e os representantes dos trabalhadores, as novas condições para convenção coletiva da categoria que passa a vigorar a partir de 1º de março foram estabelecidas. A negociação foi realizada de forma conjunta entre o Sindirepa Maringá, o Sindirepa Paranavaí, o Sindimetal Maringá e o Sindimetal de Campo Mourão.
Conforme o acordo, o reajuste concedido aos funcionários deverá ser de 8,5% sobre os salários. Já o salário inicial passou de R$ 940 para R$ 1.050, mensais. O vale-alimentação oferecido pela empresa deve ser reajustado para R$ 85. A convenção traz ainda um abono salarial de R$ 570, que deverá ser pago em duas parcelas, a primeira em 25 de maio e a segunda em 25 de junho deste ano.
Outra cláusula importante que merece atenção das empresas é a que a possibilita ao empregador pagar salário referente a 80% do piso para funcionários sem experiência na área. Neste caso, essa remuneração pode vigorar até que o empregado complete 12 meses de experiência no ramo. O salário menor visa reduzir custos e compensar o tempo e investimento em treinamento que é realizado pelas empresas.
De acordo com o presidente do Sindirepa Maringá, Antonio Carlos Dalcolle, a negociação para chegar a estes valores foi bastante exaustiva e foi preciso demonstrar com clareza o momento pelo qual passam as empresas do setor. "Os trabalhadores apresentaram uma pauta extensa de exigências e foi preciso demonstrar o que poderíamos ou não atender, comprovando essa situação, até chegarmos a um consenso”, comentou.
Ele comenta que, apesar de não ser tão elevado quanto nos últimos anos, o reajuste ficou acima da inflação e repõe de certa forma o poder de compra dos trabalhadores. “É um reflexo de um momento econômico no qual não é possível oferecer um aumento maior”, pondera Dalcolle.