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Representantes de Sindirepas de vários estados, incluindo o Paraná, estiveram presentes em uma reunião da Câmara Setorial de Colisão, ligada ao Sindirepa Nacional, realizada no dia 6 de junho durante a Autopar em Curitiba. O principal tema debatido foi a necessidade de reajuste nos valores pagos pelas seguradoras às oficinas e as estratégias que podem ser utilizadas para demonstrar de forma efetiva essa necessidade.
O presidente do Sindirepa Maringá, Antonio Carlos Dalcolle, estima que seria necessário um reajuste de ao menos 30% nos valores pagos pelas seguradoras para estancar os prejuízos. “Ao trabalhar para as seguradoras, as oficinas têm um grande volume de serviço, mas o retorno financeiro não acontece uma vez que o valor pago pela hora está extremamente defasado e não chega a cobrir os custos de manter a empresa”, defendeu. “Essas grandes empresas, por outro lado, reajustam anualmente os valores dos seguros”, contrapõe.
Opinião parecida tem o presidente do Sindirepa-PR, Wilson Bill. Para ele, é preciso que as oficinas comecem a se recusar a atender as seguradoras, para então demonstrar que a situação é insustentável. Bill explica que as empresas já vêm encontrando dificuldade para credenciar as reparadoras e isso deve ser ampliado depois da reunião do setor. “A seguradora tem poder aquisitivo alto e impõe valores e tempo limite de trabalho, ganhando dinheiro. As oficinas precisam demonstrar que não são só elas que precisam das fornecedoras de seguros”, afirmou.
Bill acredita que apenas a união e a cobrança de valores justos, com um trabalho oferecido com qualidade, podem reverter a situação. “Nossos problemas estão na falta de união e na ganância. Precisamos sim oferecer um bom serviço e aceitar apenas um pagamento justo”, completou.
Para continuar as discussões sobre o tema, uma nova reunião já está agendada para o dia 31 de julho, na sede do Sindirepa-MG, em Belo Horizonte.