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Investir na saúde, qualidade de vida e educação para trabalhadores e seus dependentes é a missão do Sesi. A instituição oferece às indústrias diversos serviços e possibilidades de atendimento em todo o Estado. As ações são abrangentes e vão desde a assessoria completa para a saúde ocupacional até esportes, educação de jovens e adultos e ações culturais. O objetivo principal, como conta o superintendente da instituição, José Antonio Fares, é promover o desenvolvimento econômico, auxiliando a formação dos cidadãos e profissionais e estimulando a criatividade, inovação e produtividade.
Confira a seguir a entrevista do Boletim da Indústria com o superintendente do Sesi.
Boletim da Indústria – Qual é a missão do Sesi e qual a importância das ações voltadas para a qualidade de vida e saúde do trabalhador?
José Antonio Fares – O Sesi tem a missão de ser um parceiro da indústria provendo soluções de melhoria da educação básica e na qualidade de vida dos trabalhadores e de seus dependentes. Então, nossa razão de ser está sobre dois pilares: educação básica e qualidade de vida.
Boletim da Indústria – Por que é importante para o empresário se preocupar com a qualidade de vida e a saúde dos seus trabalhadores? De que forma ele pode aproveitar os serviços oferecidos pelo Sesi?
Fares – Há dois tipos diferentes de ganho neste aspecto. Há um ganho legal, uma vez que ele cumpre a legislação e estará seguro diante de qualquer fiscalização ou outras formas de monitoramento da Delegacia Regional do Trabalho, Ministério Público, etc., uma vez que o Sesi realiza um trabalho de ótima qualidade, reconhecido, mantendo arquivado, por exemplo, as informações por 20 anos para oferecer toda a segurança legal às indústrias.
O segundo ponto vantajoso é que ele consegue passar para o grupo da indústria que ele dirige uma mensagem de melhoria das relações, tornando o clima organizacional mais saudável e colaborativo. É um espaço onde o trabalhador sabe que há pessoas preocupadas com a sua saúde, trazendo melhoria ao relacionamento interpessoal e sensibilizando os líderes para o tema, que passam a entender melhor porque o funcionário tem uma ou outra atitude. Então, existem ganhos muito importantes quando o empresário investe nestes serviços de qualidade de vida do Sesi. E, neste aspecto, qualidade de vida é um tema amplo que abrange esportes, cultura e inovação, entre outras áreas.
Boletim da Indústria – Falando de cultura, houve um avanço grande nas ações do Sesi neste setor nos últimos anos. Quais os serviços oferecidos nesta área?
Fares – O Sesi está procurando estimular o trabalhador da indústria a ter um maior acesso a eventos culturais e movimentos artísticos e a participar mais, junto com sua família, de peças de teatro, shows e outras atividades. Outra frente é orientar as empresas para que elas invistam em Lei Rouanet e Lei de Audiovisual, entre outras. Prestamos consultorias para que as empresas se cadastrem e tornem-se aptas a receber esses recursos. Neste sentido, temos um programa de bibliotecas nas empresas. A ideia é auxiliar as empresas a fazerem um projeto pela Lei Rouanet – uma ação barata e rápida – para que a indústria possa instalar uma biblioteca e passar a ter um bom acervo à disposição dos funcionários. Nosso objetivo é que a área cresça, fazendo com que esse aspecto cultural também influencie a qualidade de vida e as correlações com um melhor ambiente de trabalho, funcionários mais satisfeitos, produtivos e criativos.
Boletim da Indústria – Em relação à educação básica, muitas vezes pode não estar claro para o setor industrial a relação direta entre iniciativas como o Colégio Sesi e o desenvolvimento da economia. Qual o objetivo das ações na área de educação básica?
Fares – A metodologia do Colégio Sesi é voltada para o desenvolvimento humano e a capacidade de estimular o espírito empreendedor, de liderança e trabalho em equipe, condições hoje essenciais para qualquer tipo de relacionamento pessoal ou profissional. Além disso, temos várias oficinas de aprendizagem que são focadas em atividades industriais, tratando sobre a qualidade de trabalho, clima organizacional, importância da produtividade, enfim, vários temas que estão diretamente relacionados ao dia a dia da indústria. Outro fator que aproxima o Colégio Sesi da Indústria é a parceria com o Senai. Hoje, 80% dos alunos do Colégio fazem hoje o Senai concomitante. Então, ao final, você tem um cidadão bem formado, com boas habilidades pessoais e, além disto, a formação do Senai. Tudo isso é muito bom para a indústria, então há uma relação direta entre esses investimentos e o crescimento da indústria paranaense.
Boletim da Indústria – É um investimento que se faz para uma colheita futura...
Fares – Sem dúvida. Hoje, nós temos o Colégio Sesi Internacional com a primeira turma. Se o industrial for hoje contratar, recrutar um profissional mais qualificado e que peça o idioma inglês fluente, pouquíssimos vão comparecer. É muito difícil você ter hoje pessoas com fluência no segundo idioma. Há quem conheça, entenda, tenha uma interação, mas a maioria não é fluente. O Colégio Sesi Internacional proporciona às indústrias a possibilidade de ter candidatos com fluência no inglês, uma vez que ele irá utilizar o idioma no seu dia a dia, numa faixa etária que é de consolidação do conhecimento, durante o ensino médio. Esse é mais um serviço que o Sesi está colocando à disposição das indústrias.
Boletim da Indústria – De modo geral, quais foram os principais avanços do Sesi nos últimos anos e quais as metas para os próximos períodos?
Fares – O Sesi no Paraná hoje é o Estado que atende o maior número de trabalhadores da indústria no Brasil. Nós atendemos 210 mil trabalhadores em saúde e segurança do trabalho em 2013 e a nossa meta é ampliar este número em 2014. Nós temos uma meta de realizar mais de um milhão de atendimentos em auxílio diagnóstico. São exames complementares, como audiometria, espirometria, eletroencefalograma e eletrocardiograma. O Colégio Sesi é a maior rede privada de ensino médio do Estado, com 14 mil alunos e a ideia é manter esse número e crescer um pouco mais para chegar próximo a 15 mil em 2015. Aumentar as turmas do Colégio Sesi Internacional é outra meta.
Também pretendemos implantar definitivamente o Ensino de Jovens e Adultos à distância, que foi aprovado recentemente pelo Conselho de Educação. Nós tínhamos poucos alunos porque ele era presencial e a ideia do supletivo é que ele possa ser realizado pelo trabalhador que é casado, pai ou mãe, trabalha o dia inteiro e tem dificuldades para ficar todas as noites assistindo aula. Agora, com o ensino à distância, nós pretendemos ter no mínimo 10 mil alunos já em 2014. Neste caso, as aulas poderão ser acessadas pelo computador e apenas 10% do curso será presencial.