SINDIMINERAIS-PR

Sindicato da Indústria da Extração de Minerais Não Metálicos do Estado do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Processos produtivos melhoraram em 20 anos

22 de fevereiro de 2012

Corporações que exploram recursos naturais investiram bilhões para deixar a produção mais eficiente e reduzir as pressões socioambientais

As preocupações com o meio ambiente e os impactos que as atividades para a produção de insumos destinados a abastecer a indústria de transformação tomou conta das medidas de empresas que exploram o extrativismo de matérias primas. Muitas empresas passaram a adotar ações de melhoria de processos sem perder, no entanto, o foco da rentabilidade. Não há um dado oficial de quanto essas companhias investiram, mas é certo que esses aportes ultrapassam a casa dos bilhões de dólares. Como resultado, cada uma delas colhe e divulga números de quanto houve de redução de uso de recursos minerais, de água ou emissão de gases de efeito estufa.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Jorge Soto, que também é membro da Comissão de Atuação Responsável da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), muita coisa mudou nesses 20 anos, desde que a Eco 92 foi realizada no Rio de Janeiro. No setor em que atua houve uma alteração na postura das companhias que podem ser separadas em duas vertentes, uma voluntária e outra compulsória.

A primeira delas está relacionada à ocorrência de acidentes e a visão negativa que estes acontecimentos traziam a todo setor químico. "Naquele momento a indústria química encontrou um ambiente favorável à mudança de postura voluntária com a meta de atuar junto à comunidade", lembrou ele. "Esse cenário favoreceu as medidas e hoje temos indicadores bem melhores que os apresentados na época", relatou.

Entre esses indicadores, continuou Soto, a intensidade de emissões de gases de efeito estufa ganha destaque, com a queda de 41%. Esse indicador relaciona o volume de produção em comparação às emissões do setor. "Hoje, produzimos mais com menos emissões". Outro dado apontado por ele é a redução do consumo de água em 18%, resultado da melhoria dos processos de produção, investimentos em tecnologia e reaproveitamento desse insumo. Os acidentes na indústria química recuaram 48% no Brasil nesses 20 anos. Segundo o executivo, o Brasil seguiu a tendência mundial, mas aqui os indicadores ficaram acima da média apurada mundialmente.

Já a segunda vertente dessa atuação, a compulsória, Soto lembra que há diversos acordos de redução de impactos da atividade da indústria que estão em nível governamental e que afetaram o setor químico. Entre os exemplos citados está o da troca do gás de refrigeração por outro menos ofensivo à atmosfera.

Na mineração, cuja atividade afeta profundamente o meio ambiente, foram tomadas medidas para melhorar os processos produtivos.

A divisão de Níquel da Anglo American investe em novas tecnologias para controlar tanto o processo de consumo dos recursos naturais como emissões de carbono. "Assim, em todos os projetos conseguimos melhorar a produtividade e reduzimos os efeitos ao meio ambiente", afirmou a gerente de desenvolvimento sustentável da Unidade de Negócio Níquel da mineradora, Juliana Rehfeld. No projeto da planta de Barro Alto, por exemplo, que começou a operar em abril de 2011, foram investidos mais de R$ 250 milhões em equipamentos, sistemas e instrumentos de controle ambiental, valor 10% acima do custo de implantação, explica a executiva.

Após os recentes vazamentos de petróleo que apresentou neste ano, a recém-empossada presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que a companhia trabalha com os mais altos níveis de segurança na indústria do petróleo, no que se refere às melhores práticas no setor com vistas ao meio ambiente.

"Desde que aconteceu o acidente no Golfo do México, a empresa trabalha na prevenção de acidentes. As regras e observações que antes tinham certa importância para a atividade passaram a ter extrema importância e tem exigido melhorias aqui na Petrobras", disse a executiva. "É uma questão de cultura da companhia que está cada vez mais forte, venho trabalhando com a área de exploração e produção e garanto que é impressionante como a cultura da prevenção cada vez mais forte nas pessoas que trabalham na Petrobras", diz.

Na primeira e segunda geração da cadeia petroquímica, que utiliza o Nafta na produção de resinas termoplásticas, a Braskem destaca o crescimento dos investimentos em sustentabilidade. Em 2003, logo após a formação da Braskem, a empresa investiu R$ 40 milhões e, em 2010, o montante saltou para R$ 450 milhões.

"Multiplicamos os investimentos que foram destinados a melhoria de processos e ainda temos como forma de diferenciação nesse negócio nos posicionarmos em produtos sustentáveis como o polietileno verde, ações para queimar menos combustível", afirmou Soto que cita os resultados obtidos com os aportes: redução em 35% a emissão de efluentes, queda de 63% de resíduo na produção.

A cadeia da celulose, outro insumo básico, vem aproveitando cada vez mais da plantação de florestas para abater seus "gastos" ambientais. Por isso, a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), entidade que representa gigantes como a Fibria e a Suzano, adotou um discurso no qual destaca as vantagens da atividade do setor para a captura de carbono. Segundo dados do relatório de sustentabilidade da associação, o País conta com cerca de 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para fins industriais que absorvem cerca de três vezes mais carbono do que o processo de produção. O pulo do gato para o setor é a produtividade obtida, que é a maior do mundo, tanto para a celulose de eucalipto quanto para a extraída de pínus.

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Planalto propõe novo marco regulatório na mineraçãoSindiminerais elabora plano de ação para 2012