SINDIMINERAIS-PR

Sindicato da Indústria da Extração de Minerais Não Metálicos do Estado do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Cerâmica dobra volume de compras no exterior

09 de agosto de 2011

As importações de itens de cerâmica superaram as exportações no primeiro semestre. Com uma impressionante alta de 97,6% sobre o mesmo período de 2010, as compras de itens dessa categoria atingiram US$ 65,2 milhões, enquanto as exportações no mesmo período foram de US$ 64,2 milhões.

Segundo Ottmar Müller, presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica de Criciúma e Região (Sindiceram), a importação é uma alternativa para a indústria manter preços mais competitivos no mercado nacional. "Temos condições de fabricação técnica e estética superiores, mas não em preço. Esse é o grande volume de produtos que importamos", diz.

De acordo com Müller, 98,5% das compras são feitas na China. O aumento do volume de compras pela indústria no exterior já se reflete no nível de emprego na região do sul catarinense, que abriga a maior parte das indústrias de cerâmica.

Segundo o presidente, as fábricas trabalham com certo nível de ociosidade em função da entrada dos importados e com a concessão de férias coletivas para ajustar os níveis de produção. Hoje, são cerca de 6,5 mil empregos diretos ligados à indústria cerâmicanoEstado.

Segundo o Sindiceram, o país consome cerca de 39 milhões de metros quadrados de piso cerâmico e produz apenas 13 milhões de m2. A importação gera cerca de 5,2 mil empregos diretos na China, segundo a entidade. Santa Catarina é o principal importador e responde por 45% das compras do país no exterior - 25% são feitas pela indústria local do setor.

O setor moveleiro do Estado também se voltou para a importação de peças acabadas, motivado pelas dificuldades de competitividade no exterior. Fortemente exportador, chegou a vender US$ 441 milhões para fora do Brasil em 2004. Em 2010, as exportações caíram para US$ 272 milhões.

Criada em 1997, a Components, de São Bento do Sul, iniciou a atuação no auge das exportações de móveis na região do Planalto Norte catarinense. Na época, com o câmbio favorável, a empresa fabricava peças com empresas terceirizadas na região e exportava.

Desde 2010, o modelo de negócios mudou. Segundo a analista comercial da Components, Polyana Tuysi Puran, com a mudança do câmbio a companhia decidiu investir em um novo negócio: importar móveis da Ásia e aproveitar a onda do real forte. Abriu uma nova empresa, com o nome de Buil ding, para atuar nesse setor. Hoje, as exportações representam apenas 10% das operações.

Segundo a analista, em um primeiro momento eram importados puxadores e outras estruturas de ferragens para a montagem dos móveis no Brasil. Em 2010, começou a importar móveis acabados.

Polyana diz que as peças trazidas da Ásia são feitas de vidro, alumínio ou ratan, matéria-prima que não compete com o foco da região, que é a madeira de reflorestamento.

Os principais fornecedores estão no Vietnã, China, Índia e Malásia. O principal negócio da Building é a venda para redes de varejo, mas a companhia já estabelece parcerias com fabricantes locais.

Fabricantes locais já perceberam a vantagem de incorporar peças vindas de fora ao que produzem em São Bento do Sul para conquistar preços mais baixos no mercado nacional. Uma estratégia é fabricar as mesas e importar as cadeiras, que chegam a um preço até 50% mais baixo do que o custo de produção local, por exemplo.

"Com o dólar desvalorizado, muitas indústrias estão realmente importando produtos para completar seu mix com linhas mais competitivas", diz o presidente Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmobil), Daniel Lutz.

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Schmidt retoma ritmo de produçãoSindiminerais Paraná participou da Efapi