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Comércio teve pior saldo em dois anos

04 de junho de 2011

Recuo no primeiro trimestre do ano nas exportações e importações é explicado por uma base de comparação alta em 2010

Daniela Amorim

As importações e exportações de bens e serviços registraram o pior resultado em dois anos no primeiro trimestre de 2011, na comparação com o trimestre anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o recuo seria explicado por uma base de comparação alta, já que em 2010 os dados estatísticos do setor estavam inflados pela comparação da base baixa registrada durante a crise, em 2009.

Na verdade, o comércio exterior continua em forte expansão, puxado pelos preços mais altos das commodities e pelo câmbio valorizado. No entanto, a taxa de crescimento das importações é mais de três vezes superior à das exportações. No acumulado dos últimos quatro trimestres, houve crescimento de 9,2% nas exportações e de 29,2% nas importações.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2010, as exportações cresceram 4,3% e as importações aumentaram 13,1%.

"O setor externo continua a ter uma contribuição negativa no PIB, com as importações crescendo mais do que as exportações, como aconteceu em 2010", afirmou Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE.

Entre os produtos importados pelo Brasil, os destaques são máquinas e equipamentos, material elétrico, têxteis e vestuários, indústria automobilística, borracha e minerais não metálicos.

O coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Luís Olinto Ramos, apontou a forte taxa de investimentos como mais um fator para o acréscimo nas importações. "Combinou uma taxa de câmbio bastante favorável para importações com os bens de capital sendo importados", afirmou Ramos.

Câmbio. Na avaliação do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), a valorização do real nos primeiros meses do ano foi o principal impulsionador da entrada de bens importados no País, que concorrem com os bens produzidos aqui. "(os importados) Explicam, em boa medida, o desempenho menos positivo da indústria nacional na comparação com os demais setores da economia", analisou o Iedi.

Na opinião de José Augusto de Castro, presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o aumento nas importações no resultado do PIB pode indicar uma desindustrialização no País. Ele ressaltou ainda que a importação de bens de consumo está crescendo com mais força do que a de matérias-primas e a de bens intermediários, o que seria mais um indício do desaquecimento do setor industrial. A indústria estaria deixando de produzir aqui, dando preferência para comprar o produto já pronto, porque é mais barato. "Isso deve fazer com que nesse segundo trimestre fique mais visível um crescimento menor na produção industrial", prevê Castro.

A taxa de câmbio média passou de R$ 1,80 no primeiro trimestre de 2010 para R$ 1,67 no primeiro trimestre de 2011. Segundo a economista Lia Valls, coordenadora do Centro de Comércio Exterior da FGV, o real valorizado não só estimula as importações como prejudica as exportações. Mas Lia aponta que, por ora, as perdas com o câmbio têm sido compensadas pelo aumento dos preços das commodities no mercado internacional.

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