Inovação é preocupação do Sindimetal

Pesquisas apontam que trabalhador brasileiro poderia ser mais produtivo

Inovação das empresas ligadas ao setor Metal, Mecânico e Elétrico do Sudoeste do Paraná vem sendo a grande preocupação da diretoria do Sindimetal Sudoeste. Os programas de inovação que existem são muito engessados e, geralmente, os editais demoram mais de ano para que sejam aprovados. Nesse tempo a "inovação" já está ultrapassada.

Precisamos inovar os processos de maneira que os parques fabris se tornem atrativos tecnologicamente aos jovens trabalhadores com maior produção, menor custo de fabricação, menor desperdício e sem riscos de acidentes de trabalho, que geram a maior preocupação para empresários e governo.

Precisamos de incentivos desburocratizados em inovação e uma visão empreendedora que trabalhe os vários eixos do desenvolvimento econômico, social, tecnológico, ambiental e científico, com redução de impostos e financiamentos para aquisição de novas tecnologias. Na educação, desde o ensino médio precisamos incentivar as pesquisas aplicadas às indústrias.

A eliminação das deficiências em infraestrutura e logística tornará nosso País mais atrativo para investidores virem ao interior, principalmente ao Sudoeste, que hoje já conta com um terreno fértil, basta que se plante as sementes certas.

O trabalhador brasileiro, em recentes pesquisas de produtividade, apresenta resultados cinco vezes menores que o norte-americano e três vezes menores que o alemão. Isto é resultado de deficiências educacionais e a visão de aplicação rápida de novas metodologias produtivas e investimentos em infraestrutura nas bases produtivas. Os alemães trabalham 35 horas por semana e têm 40 dias de férias e ainda assim são três vezes mais produtivos que os brasileiros. É preciso repensar profundamente esta condição.

Evandro Néri
Presidente do Sindimetal Sudoeste