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Empresários ligados ao Sindimetal Sudoeste e à Coordenadoria Regional da Fiep estiveram reunidos no dia
9 de fevereiro, no auditório do Sesi, em Pato Branco para discutir a falta de competitividade da indústria
nacional em relação aos produtos vindos da China. Representando o sindicato estavam o vice-presidente, Antonio
Froza, e o tesoureiro do Sindimetal e coordenador regional da Fiep de Pato Branco, Cláudio Petrycoski, além
de muitos empresários do setor.
Durante o encontro ficou claro que as indústrias locais, por questões
de sobrevivência, também estão comprando produtos da China. "O que interfere nisso tudo é o custo
Brasil", detalha Petrycoski. Segundo ele, mão-de-obra, transportes, encargos, legislação desestimulante
ao empreendedor, tributos e empréstimos com juros altíssimos são as principais causas deste problema.
"Com tantos custos e num mercado cada vez mais competitivo, as indústrias estão gradativamente deixando de empregar
para se tornarem verdadeiros depósitos de produtos chineses", afirma.
Para os empresários participantes
da reunião, a mudança deve envolver um conjunto de esforços entre Governo, representantes dos trabalhadores
e dos próprios empresários, que, segundo eles, ainda se mostram lentos para reagir a esta realidade.
Entre
os industriais presentes estava Valter Trojan, que voltou recentemente de uma viagem ao Oriente. "Perdemos para a China também
porque eles trabalham mais, têm subsídios estratégicos do governo, imensa força de aplicação
de automação avançada e metodologias produtivas. São mais competitivos e conseguem custos impraticáveis
aqui no ocidente", conta.
Os empresários aproveitaram a ocasião para questionar: Será que lideranças
governamentais não estão vendo este fato e pensando macro estrategicamente como a China? No entendimento deles,
cortar importações é se isolar e permanecer no estado atual "é ver um Brasil com seu parque industrial
esgotado após a Copa e as Olimpíadas", afirma Antonio Froza.
Houve um entendimento quase unânime
de que é necessária a aplicação de métodos produtivos e automação avançada.
Por um lado esta ação pode afetar a mão-de-obra básica, mas, por outro, torna o Brasil mais competitivo
e gera uma cadeia especializada de profissionais com boa renda e ocupação. Além disso, em serviços
essenciais, reinsere a mão-de-obra não especializada no mercado de trabalho.
Milhões de pequenos
e microempresários, sem contar empresas nacionais de médio e grande porte, acabam importando por falta de opção.
"Se o consumidor se depara com um produto no valor de R$100,00 e em outra loja vê o mesmo produto por R$40,00, levará
o mais acessível. Porém, essa lógica de pensamento pode comprometer nosso futuro", explica o presidente
do Sindimetal Sudoeste, Evandro Néri.
O Sindimetal Sudoeste e a Coordenadoria Regional da Fiep definiram que
irão articular encontros com lideranças da Fiep e de outras organizações de empresários
e trabalhadores para discutir estratégias. "É um problema social, muito além do meio empresarial", explica
Petrycoski ressaltando que o assunto será difundido no estado e no país em busca de providências, sendo
indispensável o apoio do Governo Federal e do próprio Congresso Nacional, em certos momentos.
Os empresários
estão articulando um grande encontro com lideranças para planejarem uma iniciativa de maior porte, no intuito
de sensibilizar parlamentares, governantes e a própria sociedade. Há uma demanda por competitividade que deve
envolver Governo, Congresso Nacional, Judiciário, empresários, Sindicatos Patronais e de Empregados e entidades
representativas.