SINDIMETAL MARINGÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE MARINGÁ

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




"Crise é momento difícil, mas oportunidade para otimizar processos e tornar a empresa mais eficiente"

Confira a entrevista com o presidente do Sindimetal Maringá, Carlos Walter Martins Pedro, que comenta os principais fatos que ocorreram no ano que está terminando

clique para ampliarCarlos Walter Martins Pedro, presidente do Sindimetal Maringá. (Foto: Divulgação)

A crise econômica tem trazido dores de cabeça para os industriais. Apesar do momento difícil, é hora de buscar tornar a empresa mais eficiente e competitiva e inovar para reduzir custos. A opinião é do presidente do Sindimetal Maringá, Carlos Walter Martins Pedro, que concedeu entrevista ao Boletim da Indústria. Ele avalia as ocorrências de 2015 e fala sobre o cenário e medidas que podem ser tomadas para minimizar os prejuízos. Confira a seguir:

Boletim da Indústria - Como o senhor avalia o cenário econômico deste ano para o setor metalmecânico?

Carlos Walter Martins Pedro - A indústria do segmento metalmecânico normalmente utiliza muita mão de obra e demanda muitos investimentos em equipamentos e processos, automaticamente tendo custos muito elevados na sua produção. Um ano difícil economicamente como este realmente traz uma preocupação muito grande em relação à expectativa de mercado futuro, investimentos, sustentabilidade e recuperação de rentabilidade nas empresas. É um ano que termina e faz a gente repensar sobre o futuro e infelizmente a falta de perspectiva de melhoria econômica não nos alenta, não nos anima.

O dólar passou por uma valorização importante durante 2015. Para o setor, quais foram os impactos e as oportunidades?

Nestes últimos anos de câmbio valorizado e impostos sobre a produção, a indústria de manufaturas brasileira perdeu muito espaço nas exportações. O Brasil se tornou muito o exportador de commodities e perdeu espaço para a exportação de produtos com valor agregado. Agora, a sobrevalorização do dólar causa dois problemas: primeiro que nós passamos a ser dependentes de insumos importados e automaticamente agora eu tenho de pagar mais caro e, com o mercado interno retraído, temos uma elevação de custos, sem poder elevar os preços. O segundo é essa sensação de que o dólar alto favorece a exportação. Essa é uma questão de longo prazo porque é preciso recuperar mercados perdidos. E, para que eu recupere, eu preciso me capacitar internamente para que eu possa acessar novamente esses mercados. Eu espero que essa situação seja mais perene para que possamos fazer um trabalho de recuperação dos mercados.

Outro problema enfrentado pelo setor foi o aumento no custo de energia elétrica. Como o setor vem enfrentando essa questão?

Um grande prejuízo é a má gestão pública. Nós tivemos nos últimos anos uma queda no custo de energia e depois uma valorização, uma elevação de preços que nunca havíamos visto antes, nesses níveis. Isso denota uma má gestão e um mau planejamento da realidade de energia no Brasil e isso que estamos em uma situação de baixo consumo em função da retração econômica. Isso é extremamente preocupante e o mínimo que a gente espera é que haja uma estabilização.

Quais foram as iniciativas do setor para escapar da crise?

A crise faz com que o empresário fique com a atenção extremamente maior com seu negócio, até mesmo pela simples sobrevivência e para cumprir com os compromissos assumidos. Por esse aspecto, ela passa a gerar algum tipo de oportunidade, como enxugar processos, reduzir custos indiretos e otimizar resultados. Essa atenção que a crise nos obriga gera correções que podem ser benéficas no futuro. Dentro disso, cada empresário com sua criatividade e sua possibilidade está tentando se adequar a esse cenário econômico. Agora todos têm os mesmos problemas: retração econômica, maior competitividade e redução na lucratividade.

O Sindimetal Maringá tem uma preocupação constante com a inovação e com a qualificação. Que ações o sindicato planeja para o próximo ano?

Nós estamos planejando, em conjunto com o Sistema Indústria, proporcionar um apoio muito maior na solução de problemas imediatos como a melhoria de produtividade e inovação buscando a redução de custos. A atenção terá de ser muito maior do sistema para ajudar as indústrias. Nós do Sindimetal já estamos começando um trabalho de apoio a competitividade que inicia já em janeiro.

Como mudanças no cenário político podem impactar o setor?

Nós temos uma crise econômica que é motivada e só vai ser solucionada com a solução da crise política. E, infelizmente, isso vem se arrastando durante todo o ano e agora no final do ano se agrava. Isso é motivo de angústia para o empresário porque ele não vê solução, apenas uma busca de autoproteção das entidades políticas e não vê ninguém apontando para uma luz, uma saída para tirar o país do momento em que ele está.

Quais as perspectivas para a economia no próximo ano?

Nós precisaríamos pelo menos acertar o rumo, fazer uma correção para onde nós vamos. Tudo aponta para uma nova retração econômica, novo encolhimento do PIB e passaremos os três anos em uma recessão. Agora o que a gente espera é que o governo se acerte para ao menos buscar uma saída dessa situação em que fomos metidos.

Qual mensagem o senhor enviaria aos associados do Sindimetal Maringá neste momento?

O Brasil é muito grande e muito maior que tudo isso. Nós temos um grande país, com um grande mercado e com muito a fazer. Isso não muda. Às vezes, a crise pode nos atrasar um pouco, mas não muda o nosso potencial. Mas, a confiança no futuro do país é inquestionável e acho que nós empresários temos de nós ater a isso. A questão é acertar o passo, o caminho para voltarmos a ter uma perspectiva boa para o setor metalmecânico.

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Um 2016 repleto de oportunidades e realizaçõesCursos de aprendizagem se transformam em oportunidade para jovens e indústrias