Indústrias metalúrgica e mecânica já fecharam mais de 38 mil postos nos primeiros cinco meses do ano

Dados do Caged, referentes a todo o país, apontam que o balanço entre demissões e contratações apresentou variação negativa para os segmentos. Vendas industriais também estão em queda

clique para ampliarMais de 30 mil vagas de emprego já foram fechadas em 2015 nos setores metalúrgico e mecânico (Foto: Agência Fiep)

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged) mostrou que as indústrias de metalúrgia e mecânica fecharam juntas 38.738 postos de trabalho entre janeiro e maio deste ano.

De acordo com o banco de dados, no período foram contratadas 213.573 pessoas. As demissões, no entanto, foram cerca de 18% maior que este número: 252.311.

No Paraná, as demissões somam 22.499, enquanto a variação entre contratados e demitidos é de -1.055 vagas. Na região de Maringá, o dado também mostra fechamento de postos de trabalho, com variação negativa de 261 vagas, segundo os mesmos parâmetros.

Os números são reflexo da baixa atividade comercial do segmento, que segue estagnado. O IBGE aponta que a produção física industrial de máquinas e equipamentos já apresenta queda acumulada no ano de 11% de janeiro a maio, frente o mesmo período observado em 2014. A metalurgia também apresenta queda de 7,6% na produção. Outra categoria relacionada, a de “fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos”, também está em baixa, de 9,1% na mesma comparação.

Paraná

No Paraná, o estudo “Indicadores Conjunturais”, elaborado pelo Departamento Econômico da Fiep, também mostra um cenário preocupante. A queda nas vendas reais acumuladas para a metalurgia básica entre janeiro e maio, em relação ao mesmo período do ano passado, chegou a 66,79%, segundo o estudo. Indústrias que fabricam produtos de metal, com exceção de máquinas e equipamentos, também registraram queda superior a 10% neste período.

Já as máquinas e equipamentos em si também caíram, cerca de 13% neste ano. Outro setor de bastante impacto, a fabricação e montagem de automóveis também está em queda e vendeu cerca de um quinto a menos do que no ano passado, o que motivou acordos de lay-off, no qual os trabalhadores permanecem em casa para evitar ainda mais demissões.