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O ano de 2015 será de dificuldade para os industriais, na opinião do presidente do Sindimetal Maringá, Carlos Walter Martins Pedro. Segundo ele, os industriais deverão acompanhar de perto as ações do sindicato e fortalecer o setor, que deverá travar algumas batalhas na tentativa de aumentar a produtividade.
“O ano de 2014 foi um período no qual não houve avanços para o setor industrial. Em muitos segmentos a indústria até retroagiu. Na região de Maringá tivemos uma situação mais estável em relação às demais regiões do país, sem crises financeiras maiores ou grande volume de demissões. No entanto, tudo indica que 2015 será um ano bastante difícil, o que exigirá dos industriais muito trabalho e dedicação. Mas tenho certeza de que com a força de vontade e criatividade dos nossos industriais será possível superar as dificuldades e conseguir bons resultados”, afirmou.
O presidente afirma que entre as principais preocupações do setor metalmecânico estão os impostos elevados e as mudanças em normas e na legislação, que geram custos inesperados ao setor produtivo. “Nós temos hoje uma situação de um custo indireto muito alto, além da carga fiscal já impraticável. Há custos com normativas, como as NRs - um exemplo é a NR-12- e as determinações da Logística Reversa, entre outros pontos que estamos tendo que absorver na fabricação dos produtos. Essa é uma situação que preocupa”, disse.
Além dos custos, a indústria também enfrenta forte concorrência exterior, com poucas condições de competir. “Temos produtos de alta qualidade, mas a competição com os importados é injusta, uma vez que essas empresas não têm custos compatíveis com os nossos e conseguem oferecer produtos a preços muito mais baixos”, comentou Carlos Walter.
Outros aspectos como a baixa oferta de crédito, juros altos, câmbio instável e a indefinição política também estão entre os temas que “tiram o sono” dos industriais. “Diante dessa realidade, sem dúvida a produtividade terá que ser preservada e será necessário buscar essa melhor produtividade com redução de custos. O industrial precisa também de muita atenção aos gastos da empresa, reavaliar investimentos e buscar inovação com baixo custo”, disse.
Para o presidente do Sindimetal Maringá, a única maneira de a indústria buscar uma situação melhor é se unir. “Precisamos ficar juntos e atuar unidos, junto ao sindicato, ao Sistema Fiep e à CNI para que o governo realize as mudanças necessárias e possamos voltar a crescer”, concluiu.