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A Abimaq realizou, no segundo semestre de 2014, uma série de encontros das indústrias para discutir uma lista de demandas do setor. Segundo a entidade, esse é um momento particularmente difícil para as empresas do ramo e a entidade busca então junto ao governo federal articular medidas e uma política industrial que possa reverter a situação econômica desfavorável.
No Paraná, a reunião ocorreu em setembro. Na oportunidade, Marcello Luparia, presidente da Abimaq no estado, destacou a necessidade de atenção e cobrança de reformas estruturais e políticas.
Germano Rigotto, diretor de ação política da entidade, relembrou que a partir do enfraquecimento das “grandes locomotivas econômicas”, o Brasil teve a chance de ocupar importantes espaços na economia mundial. “Mas não o fez, porque deixou de realizar as reformas estruturais que agora dependerão de uma postura de estadista por parte da presidência”.
Confira a seguir o resumo das propostas apresentadas pelas associadas à Abimaq, que estarão presentes entre as bandeiras da instituição:
1- INSS sobre o faturamento: maior desoneração para o setor, inclusive sobre a revenda de produtos;
2- Desoneração total do ICMS nas saídas de bens de capital no Brasil;
3 - Diferimento do ICMS, IPI, PIS e COFINS nas entradas das matérias-primas, material de embalagens e insumos, quando a aquisição for por parte dos fabricantes no país;
4 - SPED - Livro de Registro da Produção e Estoques (Bloco K): prorrogar sua vigência para o início de 2017;
5 - Maior proteção para as indústrias que estão perdendo espaço para produtos importados;
6 - Solicitar ao BNDES a revisão do conteúdo nacional dos atuais 60% para 50%;
7- Pedir ao BNDES que aceite o índice de nacionalização mínimo de 15% para produtos que não têm componentes ou matéria-prima no Brasil e no Mercosul;
8 - Cartão BNDES: incluir estes dois quesitos também nesta modalidade de vendas;
9 - Solicitar aos estados, via SEFAZ, que se suspenda a cobrança do ICMS da substituição tributária dos produtos;
10 - Trabalhar para uma ampla reforma tributária, trabalhista e previdenciária nos moldes europeus;
11 - Buscar taxa de juros e câmbio compatíveis com os países de primeiro mundo;
12 - Ter escritório regional em Chapecó;
13 - Trabalhar para uma ampla e geral reforma política partidária;
14 - Elaborar uma campanha nacional positiva, que promova as máquinas e equipamentos fabricados no Brasil, com a criação de um “Selo ABIMAQ”;
15 - Desenvolvimento de interfaces entre as empresas associadas que desejam crescer;
16 - Projeto de busca e desenvolvimento de fornecedores de insumos faltantes na cadeia de fornecimento nacional;
17 - Organizar um cluster de opções de financiamento para máquinas e equipamentos nacionais, além do FINAME e Cartão BNDES, para empresas que não têm a estrutura para responder à burocracia do BNDES.