Ritmo desacelera em alguns setores

04 de abril de 2011

Relatos de alguns setores sobre o nível de produção e encomendas no início de 2011 confirmam a desaceleração da atividade nesse início de ano e criam incertezas. Os impactos são desiguais entre os segmentos. Em áreas como produção de metal, metalurgia básica e bebidas, entre outros, os resultados foram positivos. Já nos setores de máquinas e materiais elétricos e eletrônicos, a economia brasileira começou 2011 em ritmo menor.

O presidente do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita admite que no 1 bimestre do ano, apesar do incremento da atividade, o ritmo foi abaixo de 2010. Em março, a situação piorou no setor, que vendeu menos. A retração deverá alcançar 7%. Já as empresas ligadas ao agronegócio estão com as carteiras cheias, mas o desempenho poderá cessar ao longo do ano, com as medidas de ajuste que o governo federal vem tomando para conter, por exemplo, a inflação. Os conflitos internacionais também devem impactar nos negócios do Brasil.

Nos embarques de calçados brasileiros e gaúchos para o exterior também houve retrações em janeiro e fevereiro deste ano. A queda foi de 32,1% no país (faturamento 15,9% menor em relação ao mesmo período de 2010), conforme a Abicalçados, com base nos números fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao governo federal.

Em 2011, foram exportados 23,3 milhões de pares, contra 34,2 milhões no mesmo período de 2010, segundo a Abicalçados. O RS exportou 5,1 milhões de pares - gerando divisas de 124,7 milhões de dólares - o que representou queda de 28,6% em volume e de 20,4% em faturamento, se comparado ao mesmo período de 2010. Para a Abicalçados, a redução, puxada pelos EUA, se deve sobretudo ao câmbio.

Os dados:
- Produção industrial sobe 1,9% no mês de fevereiro;
- No acumulado de 2011, o incremento é de 4,6%;
- O acumulado em 12 meses (até fevereiro) é de 8,6%;
- A média móvel trimestral é de 0,5%;
- No comparativo de fevereiro de 2011/fevereiro de 2010, o crescimento foi de 6,9%.

Fonte: IBGE