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Representantes da Abimaq e do BNDES estiveram reunidos em outubro para discutir medidas que possam auxiliar a retomada do crescimento e da competitividade do setor. Entre os aspectos discutidos estavam novas linhas de financiamento, exigência de conteúdo local e refinanciamento de dívidas.
O setor passa por um momento econômico delicado. Segundo um estudo realizado pelo Departamento Econômico da Fiep, apenas no Paraná, entre janeiro e julho deste ano, o setor - em especial os segmentos de fabricação de produtos de metal e fabricação de máquinas e equipamentos - fechou mais de dois mil postos de trabalho. A retração na produção no primeiro semestre foi de 8,3%.
Diante desta realidade complexa para o setor, a Abimaq buscou fortalecer as demandas junto à instituição. “O BNDES considera que bens de capital é o setor mais importante das cadeias produtivas, e os representantes afirmaram que farão um trabalho de adensamento das cadeias e continuarão com o compromisso do Conteúdo Local e o financiamento à inovação”, explica o presidente executivo da associação, José Velloso.
A instituição apresentou pleitos sobre o Finame 2016 - linha destinada à compra de máquinas e equipamentos - e solicitou, sobretudo, o aumento da cobertura da linha de crédito. Pela proposta, o financiamento para grandes empresas passaria de 50% para 80% do valor do bem; para micro, pequenas e médias empresas, de 70% para 90%.
Velloso informou que o banco entende que cada vez mais o custo de capital no Brasil está ficando caro e que a saída para este problema é a automação industrial, que deve ser vista como prioritária para o setor. “Embora o BNDES não esteja com problemas de caixa, o banco nos informou que fará cálculos para saber se terá recursos para aumentar essa cobertura”, diz Velloso.
Outra linha que deverá voltar a ser disponibilizada ao empresário é a PSI Exportação Pré-Embarque. De acordo com a Abimaq, a diretoria do BNDES decidiu que vai reabrir e perenizar o PSI Exportação Pré-Embarque. O orçamento global para essa linha de financiamento é de R$ 2 bilhões, sendo que, no início, serão disponibilizados R$ 10 milhões por grupo econômico, recurso essencial para o auxílio das exportações de máquinas e equipamentos. “Sem o financiamento para capital de giro para fabricação do equipamento, nós não vamos conseguir exportar”, avaliou Velloso.
Já o Refin, refinanciamento de bens de capital para empresas em dificuldades de pagamento, ganhou o apoio do banco e do Ministério da Fazenda, mas tem parecer contrário da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). “Nós vamos continuar insistindo no pleito”, ressaltou Velloso.
Com informações da assessoria de imprensa da Abimaq